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Bancários capixabas decidem nesta quinta-feira se entram em greve

Além do pedido de aumento de salário, os bancários também reivindicam a redução das taxas de juros e a ampliação do horário de atendimento nos bancos

A decisão sobre a greve sai nesta quinta-feira (25) Foto: Divulgação

O Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários) vai se reunir em uma assembleia nesta quinta-feira (25) para decidir se vai entrar em greve. O indicativo de greve, que pode ser por tempo indeterminado, foi definido depois de sete rodadas de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que recusou os principais pontos da pauta dos trabalhadores.

Segundo o Sindibancários, com o tema “A gente não quer só salário”, a Campanha Nacional da categoria teve início no dia 13 de agosto. Entre as principais reivindicações estão melhores condições de trabalho, valorização dos trabalhadores e atendimento de qualidade aos clientes.  A assembleia será realizada no Centro Sindical dos Bancários, em Vitória, às 18 horas.

O índice reivindicado pela categoria é de 12,5%, mas a Fenaban propôs um índice rebaixado de apenas 7% para salário, PLR e auxílios refeição, alimentação e creche, e 7,5% para o piso. Os valores foram considerados insuficientes, estando muito aquém das expectativas da categoria.

 “A postura da Fenaban foi de intransigência e desrespeito aos bancários. Com os lucros que obtêm, os bancos não têm motivos para recusar a pauta da categoria. Não houve propostas para importantes reivindicações como melhores condições de trabalho, fim das metas e do assédio moral, segurança e contratação de mais empregados. A greve é a única alternativa que os bancários têm para pressionar os bancos a atenderem a pauta. Nossa luta não é apenas por salário. Queremos respeito aos bancários e clientes”, destaca o coordenador geral do sindicato, Carlos Pereira de Araújo.

O Sindibancários afirmou também que, caso a greve seja aprovada, haverá uma assembleia para organização do movimento no dia 29 de setembro. Segundo eles, a greve dialoga também com demandas dos clientes. Entre as reivindicações da categoria estão a redução das taxas de juros e a ampliação do horário de atendimento nos bancos, com contratação de mais bancários e respeito à jornada de seis horas de trabalho, bem como o cumprimento do papel social dos bancos.