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"Não tem condições de ficar aqui", diz mãe do bebê atendido em cadeira de plástico em hospital infantil

Anna Allyce Vasconcellos afirmou que o filho está com infecção intestinal e o bebe ainda recebeu comida estragada durante a noite, no Hospital Infantil de Vila Velha

Foto: Reprodução/ WhatsApp

Pais e acompanhantes que buscaram atendimento durante a noite de terça-feira (26), relataram uma situação do Hospital Infantil e Maternidade de Vila Velha. Eles reclamaram da lotação na unidade, demora no atendimento e a falta  de profissionais.

Alguns acompanhantes informaram também que na manhã de terça-feira (26), o atendimento no hospital estava aparentemente normal, mas a situação começou a se complicar durante a tarde. 

A mãe de um bebê de sete meses, que aguardava por atendimento no hospital, registrou o filho deitado em uma cadeira de plástico, com um curativo no pé. Anna Allyce Vasconcellos afirmou que o filho está com infecção intestinal e o bebe ainda recebeu comida estragada durante a noite. 

”Não tem condições de uma criança ficar em uma cadeira e o hospital servir comida azeda para uma criança com infecção intestinal. Agora eu assinei o termo e vou levar para outro hospital, não tem condições de ficar aqui”, relatou. 

Outra mãe tentou atendimento para o filho adolescente que teria apendicite e sentia muita dor. Os acompanhantes relataram que dentro do hospital, muitos pacientes esperavam sentados nos corredores.

Enquanto dentro do hospital pais reclamavam, grávidas que buscaram atendimento também tiveram que voltar para casa. Grávida de gêmeos, a jovem Erica Pereira da Silva contou que sempre que chega ao hospital, não consegue ser internada. ”Eu recebi encaminhamento para outros hospitais, mas ficam no jogo de empurra e falam que não tem leito para os meus gêmeos”, explicou.

Vilma Henrique Moura contou que chegou na unidade às 11 horas com o filho de cinco anos e somente às 21 horas conseguiu o atendimento. 

Uma mãe contou que está desde o dia 18 desse mês com o filho de 4 anos internado no Himaba. Ela afirma que falta profissionais. ”Eu não tenho o que reclamar dos profissionais, mas é pouco médico para muitos paciente”, explicou.

A Secretaria de Saúde foi procurada, mas ainda não respondeu a demanda até o fechamento da reportagem. 

OUTRO LADO

A direção do Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba) informa que todos os pacientes estão sendo atendidos de acordo com a classificação de risco. Esclarece que a unidade é de referência para a região, sendo a única que tem um Pronto Socorro pediátrico, com atendimento 24 horas. Vale destacar que neste período de outono-inverno aumenta o número de pacientes devido a problemas respiratórios.