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Desmatamento no Espírito Santo reduz 30% em um ano, diz estudo

No Brasil, os números também foram favoráveis. O desmatamento do bioma em 2022 foi de 20.075 hectares, e 14.697 em 2023

Foto: Leonardo Oliveira/PMV

O Atlas da Mata Atlântica divulgado na última terça-feira (21) aponta que o desmatamento diminuiu em cerca de 30% no Espírito Santo no período entre 2022 e 2023. 

O estudo aponta que 519 hectares dos fragmentos restantes de Mata Atlântica no Estado foram derrubados em 2022. No passado foram 359, o que corresponde a quase um campo de futebol a menos de vegetação derrubada por dia. 

No Brasil, os números também foram favoráveis. O desmatamento do bioma em 2022 foi de 20.075 hectares e 14.697 em 2023, o que corresponde a uma diminuição de 27%. 

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O diretor da Fundação SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes Ponto, relata que o Espírito Santo é conhecido como um dos estados que mais desmatou a Mata Atlântica ao longo dos anos, o que faz com que a diminuição seja ainda mais significativa. 

“É um dos estados que mais devastou a Mata Atlântica ao longo da sua história, mas a boa notícia é que o desmatamento diminuiu de 2022 para 2023. A participação do desmatamento do estado para o total do país é relativamente pequeno, mas é uma queda importante. Agora o próximo passo é o Espírito Santo alcançar o desmatamento zero”, disse. 

No início de maio, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) realizou uma operação de combate ao desmatamento em Guarapari, que contou com apoio de agentes da Polícia Ambiental. 

Segundo Jesús Miranda, subgerente de controle florestal do Idaf, durante a fiscalização foi constatado que 40 hectares de vegetação foram desmatados de forma irregular no município. 

“Nós agora vamos fazer o levantamento final, a confecção dos laudos, dos instrumentos de fiscalização, para fechar os números. Até o momento nós já concluímos a atividade e já observamos que foram 40 hectares de desmatamento irregular e 48 autos de infração lavrados”, afirmou. 

A fiscalização das áreas afetadas é feita por meio de imagens de satélite, o que permite aos agentes identificar o desmatamento em tempo real, como explica João Marcos Chipolesch, subgerente de regularização ambiental do Idaf. 

“O próprio sistema gera algumas manchas que determinam que ali não há saúde da vegetação ou que há ausência da vegetação, então são nesses pontos que a gente age e filtra essas áreas. Esses pontos são revisados enviados para equipes de campo” 

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*Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record