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Dezenove pessoas deverão ser submetidas a exames de DNA, a partir do próximo dia 4, para verificar se possuem parentesco com uma mulher que está internada em estado vegetativo, há mais de 15 anos, no Hospital da Polícia Militar, em Vitória. Segundo o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), essas pessoas são as que possuem mais chances de serem familiares da paciente, chamada de Clarinha pela equipe do hospital.
Até o início desta semana, 22 casos eram considerados pelo MPES como os mais prováveis de se tratarem de parentes da mulher internada. No entanto, o órgão informou que, nesta terça-feira (16), dois casos foram descartados, porque as famílias encontraram o familiar procurado. Houve ainda, segundo o Ministério Público, uma família que desistiu de dar continuidade ao procedimento.
O órgão informou também que, até esta terça-feira, a Promotoria de Justiça Cível de Cidadania de Vitória havia recebido 102 telefonemas de pessoas em busca de informações sobre a paciente e relatando as circunstâncias do desaparecimento do ente querido procurado. De acordo com o MPES, todas as ligações recebidas passam por uma triagem, para verificar a compatibilidade dessas histórias com os dados da Clarinha.
Segundo o Ministério Público, os casos selecionados foram os que chamaram mais a atenção, seja pela semelhança das fotos apresentadas ou pela similaridade dos dados próximos ao perfil da mulher internada no HPM. Por isso, eles terão prioridade na realização dos exames de DNA, que serão realizados a partir de 4 de março, na Promotoria de Justiça Cível de Cidadania, localizada no Centro Integrado de Cidadania (Casa do Cidadão), na Avenida Maruípe, 2.544, Bloco B, em Itararé, Vitória.
De acordo com o MPES, o exame será gratuito para todos que passaram por essa primeira triagem e estão sendo contatados.
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Entenda o caso
“Clarinha” foi internada no Hospital da Polícia Militar em junho de 2000, após ter sido atropelada por um ônibus. O acidente aconteceu no Centro de Vitória, supostamente enquanto a vítima tentava fugir de um homem que a perseguia.
Como estava sem documentos e não foi procurada por nenhum parente, a mulher foi internada como indigente. Desde então, ela permanece na unidade de saúde em estado vegetativo. Em 2009, a TV Vitória mostrou a história de Clarinha, que ganhou repercussão nacional.