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Dia D das campanhas de vacinação acontece neste sábado no ES

O Estado deve imunizar, neste período, pelo menos 218 mil crianças contra paralisia infantil, ou seja, 95% do público-alvo, estimado em 229.535 crianças

A vacinação vai começar neste sábado Foto: Divulgação/Governo/ Secom-ES

O Dia D das campanhas de vacinação contra poliomielite e de multivacinação começam neste sábado (15), no Espírito Santo. Nesta data, as unidades de saúde abrirão exclusivamente para atender o público-alvo. Mais de três mil profissionais de saúde vão atuar neste dia, que contará ainda com 538 postos fixos, 318 postos volantes e 321 veículos para transporte de vacinas e insumos. 

A Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite tem como público-alvo crianças com idade entre 6 meses e menos de 5 anos e será realizada entre os dias 15 e 31 de agosto. O Estado deve imunizar, neste período, pelo menos 218 mil crianças contra paralisia infantil, ou seja, 95% do público-alvo, estimado em 229.535 crianças. 

No mesmo período será promovida a Campanha de Multivacinação, que tem como objetivo atualizar o cartão de vacinação dos pequenos que têm menos de 5 anos de idade, com doses das vacinas que compõem o calendário básico de imunização da criança. Serão disponibilizadas, com essa finalidade, vacinas que protegem contra tuberculose, hepatite B, difteria, tétano, coqueluche, meningite, pneumonia, diarreia, sarampo, caxumba, rubéola, catapora e hepatite A.

A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, explica que diferentemente da campanha contra poliomielite, que é indiscriminada, ou seja, pretende alcançar o maior número possível de crianças dentro do público-alvo determinado, a de multivacinação não possui uma meta quantitativa. Neste caso, a vacinação é feita de forma seletiva, avaliando-se as carteiras de vacinação das crianças e imunizando somente os pequenos que não estão com o esquema vacinal em dia.

“A oferta de diferentes vacinas simultaneamente é uma experiência bem-sucedida. A eficácia desse tipo de campanha vem sendo comprovada pela redução no número de casos de doenças imunopreveníveis no país, como coqueluche, difteria, meningites, tétano neonatal, tétano acidental, sarampo e a própria poliomielite, que foi eliminada do território brasileiro”, detalha Danielle Grillo.

Ainda segundo a coordenadora, a abertura das unidades de saúde durante o Dia D das campanhas neste sábado (15), facilita a vida dos pais que trabalham durante a semana, pois podem levar seus filhos para serem imunizados. Ela ressalta a importância da vacinação contra paralisia infantil e da atualização do cartão de vacinação das crianças, pois a imunização protege contra doenças graves. 

Poliomielite

Em informe técnico enviado aos Programas Estaduais de Imunizações, o Ministério da Saúde (MS) salienta que desde a realização da Assembleia Mundial da Saúde, em 1988, a incidência mundial de poliomielite reduziu mais de 99%, e o número de países onde a doença é endêmica passou de 125 para 03 (Nigéria, Paquistão e Afeganistão). 

Ressalta ainda que a Iniciativa Global de Erradicação da Poliomielite, criada naquele mesmo ano, permitiu que hoje a doença afete um número reduzido de crianças ao redor do mundo. Por outro lado, o documento alerta que essa situação pode mudar rapidamente se a poliomielite não for erradicada, uma vez que a doença tem potencial epidêmico e ainda restam três países endêmicos, o que representa uma ameaça às áreas livres da pólio.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo o informe técnico, indicam que entre o ano passado e este ano nove países registraram casos da doença, na maioria das situações decorrente da importação do poliovírus selvagem de outros países. Neste ano, até o dia 16 de junho, foram registrados 28 casos da doença, todos em países endêmicos (25 no Paquistão e três no Afeganistão).

“A poliomielite é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus. Ela acomete, em geral, os membros inferiores e tem como principais características a flacidez muscular e pode levar à morte ou causar sequelas paralíticas irreversíveis. O Espírito Santo não registra caso de poliomielite desde 1988, e o Brasil desde 1990. Assim, manter uma cobertura vacinal alta e homogênea em todos os municípios torna-se importante para evitar o risco da reintrodução da doença em nosso território”, detalha Danielle Grillo.

Vacinas disponibilizadas nas campanhas

Poliomielite: protege contra a paralisia infantil
BCG: protege contra formas graves de tuberculose;
Hepatite B: protege contra a hepatite B;
Pentavalente: protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e haemophilusinfluenzae tipo B (bactéria que causa meningite);
Pneumocócica 10-valente: protege contra o pneumococo, bactéria que causa pneumonia e meningite;
Meningocócica C: protege contra o meningococo C, bactéria que causa meningite;
Rotavírus: protege contra diarreia e desidratação;
Tríplice Viral: protege contra sarampo, caxumba e rubéola;
Tríplice Bacteriana (DTP): protege contra difteria, tétano e coqueluche;
Tetraviral: imuniza contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora;
Hepatite A: protege contra a hepatite A.