Neste sexta-feira (28) é comemorado o Dia da Sogra. Seja nos palcos, na dramaturgia, seja na música, elas se tornaram figuras quase que míticas na cultura brasileira. Na maior parte das vezes, os artistas usam as mães de seus companheiros e companheiras como forma de fazer humor, alguém que deseja ver o relacionamento ruir a qualquer custo.
A verdade é que esta ideia da sogra “megera” não pode ser encarada como algo normal do cotidiano. Há casais que encontram nela uma segunda mãe, uma grande companheira e uma pessoa inspiradora, que na maior parte das vezes traz alegria e leveza às relações familiares.
Este é o caso da jornalista Ingrid Almeida Nerys e do marido, o comprador Hugo Souza Leite. Cada um encontrou nas sogras grandes companheiras que tornam ao convívio do casal, junto há cinco anos, ainda mais feliz e leve. Casados há pouco mais de um mês, eles puderam contar com o apoio das mães em cada etapa do relacionamento.
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“Minha relação com minha sogra é ótima. Ela é parceira, amiga, uma pessoa realmente querida por todos. Não conheço uma pessoa que não se dá bem com ela. Acho que parte disso é por ela ser pedagoga, então ela sempre foi muito aberta e receptiva a todos, independente do grau de relacionamento”, contou Ingrid, super orgulhosa da sogra, a pedagoga Sandra Cristina Souza Leite.
Ela conta que desde o início teve o apoio de Sandra, que sempre a recebeu com carinho em casa. A amizade só cresceu durante esta meia década e hoje são mais próximas do que nunca.
“Eu e meu esposo tínhamos o costume de revezar os finais de semana hora na casa da minha mãe, hora na casa da mãe dele, por isso sempre tivemos uma convivência próxima e muito diálogo”, relatou.
A relação de proximidade e amor não para por aí. Quando descreve dona Sandra, Ingrid não esconde a admiração que tem por ela e não poupa elogios para descrevê-la.
“Ela é uma pessoa muito gentil, carismática e amorosa. Apesar da diferença de idade, se nos encontrássemos em outra ocasião, eu falo que certamente seríamos amigas, porque ela é um ser humano realmente maravilhoso. Admiro muito a educação que ela deu para o meu marido e para o meu cunhado, já que ambos são muito respeitosos e gentis”, declarou.
O marido também não fica atrás quando o assunto é elogios à mãe de Ingrid, a funcionária pública aposentada Fátima Almeida Nerys. Ele conta que a sogra sempre apoiou o relacionamento e que desde o início pôde contar com ela.
“Sempre houve apoio, desde o início. Relação excelente, não poderia ser melhor. Minha sogra me trata como um filho”, disse.
Para ele, dona Fátima é uma pessoa que transborda alegria e contagia as pessoas com esta característica, mas também sempre está disponível na hora de falar sério.
“Uma pessoa alegre, divertida, atenciosa, sempre está disposta a ajudar e dar conselhos”.
Os fins de semana, segundo ele, são os momentos em que realmente toda a família consegue se conectar, sempre regados a boa conversa, boa convivência e muitas risadas.
“Todos os nossos momentos em família são únicos. Compartilhamos o mesmo gosto de tomar uma cervejinha no final de semana, nos reunimos para almoçar e conversar”, disse.
E o que dizem as sogras?
Depois de tantos elogios, é fácil compreender por que o relacionamento do casal é sólido já há cinco anos. Mas o que dizem as sogras sobre Ingrid e Hugo? Agora sim, vem a prova de fogo.
Pois quem espera que os papeis se invertam neste momento, está enganado. As duas também só têm elogios a tecer sobre o genro e nora, e não abrem mão de ter uma convivência cheia de carinho e cuidado.
Sandra é mãe do Hugo e tem o prazer de chamar Ingrid de nora. Ela garante, desde o primeiro dia de relacionamento não bateu nem sequer um ciuminho, apenas respeito e companheirismo.
“Como eu não tenho filha, considero as minhas duas noras como filhas. Meu filho Hugo escolheu a Ingrid e eu preciso respeitar, minha relação com ela é de amor e amizade, pois ela fez muito bem a ele, como incentivo aos estudos e sempre querendo alcançar o sucesso profissional”, revelou.
Ela conta ainda que quando os dois decidiram que iam morar juntos, a alegria foi enorme e que havia cumprido uma missão, pois seu filho se tornou um homem responsável ao lado de uma mulher forte.
“Quando foram morar juntos, fiquei muito feliz, sinto que fiz minha parte como mãe e quando resolveram se casar isso se confirmou. Minha missão se cumpriu, meu filho se tornou um homem responsável e assumiu uma família, pois escolheu uma mulher de bom caráter”, disse.
Os elogios que recebeu da nora são recíprocos e cheios de consideração, ela declara que a jornalista é uma pessoa determinada e que sempre procura uma vida bem sucedida ao lado do filho.
“A Ingrid é uma mulher de personalidade forte e pretende ter uma vida bem sucedida ao lado do meu filho, e isso me deixa muito satisfeita”.
E sobre o Hugo, o que Fátima tem a dizer sobre ele? Pois saibam que já de primeira, ele conseguiu seu espaço no coração da sogra.
“O relacionamento sempre foi muito bom, eu bati o olho nele e gostei dele, é um menino muito bom e não tenho nada de mal para falar sobre ele”.
Fátima conta que nesses cinco anos de convivência ela e o genro nunca se desentenderam. Nem uma discussão ou dor de cabeça sequer, tudo sempre na mais pura harmonia e também só tem coisas boas para dizer sobre ele, sua personalidade e caráter.
“A nossa relação é ótima, nunca tivemos nenhum atrito, ele nunca fez nada que desabonasse, que me deixasse chateada, nunca deixei de falar com ele. O Hugo é uma pessoa muito boa. Tranquila, responsável, trabalhador e acho que minha filha arrumou a pessoa certa, ele é muito bom”.
E lembra da cervejinha que o Hugo comentou? Pois é, este também é um dos momentos favoritos da dona Fátima na companhia dele e do resto da família. “A gente sempre se encontra no fim de semana para bater papo, tomar uma cervejinha. Eu gosto muito de tomar uma cervejinha com ele, conversar, gostou muito de estar perto dele, na presença dele”.
A figura da sogra no humor
Para quem cresceu grudado na televisão brasileira, fazer humor com a sogra não é nenhuma novidade, principalmente para quem tem a comédia como ganha-pão. É o caso do humorista e palestrante Rossini Macedo, conhecido por interpretar o personagem Tonho dos Couros.
Imagine a cena, uma tarde de fim de semana como outra qualquer e na TV, o personagem de Rossini decide contar uma história no programa Escolinha do Gugu.
“Eu comecei a trabalhar numa loja, professor, e decidi dar um presente para minha sogra da própria loja. Quando cheguei em casa, minha mulher estava desesperada a e me perguntou: Tonho, você deu uma cama redonda para minha mãe? E eu respondi: ora, e cobra não gosta de dormir enrolada?”
O humorista conta que a piada não passou despercebida e os amigos de bairro da sogra também entraram na brincadeira. “As pessoas levam essas coisas a sério, ainda mais nessa época de redes sociais. Minha sogra sofreu, coitada, passava na rua e os vizinhos brincavam chamando ela de cobra, pegaram no pé dela”, se divertiu.
As piadas não acabam por aí e tem para sogra de todo mundo, todo genro ou nora que já passou por algum problema teria alguma para se identificar. Até cordel o comediante fez com o assunto.
Rossini, que é casado pela segunda vez, garante, no entanto, que a má relação com a sogra era um problema apenas do Tonho dos Couros, já que ele mesmo sempre se deu bem com todas as sogras que conheceu ao longo da vida, desde a época de namoros, até depois do casamento.
“Isso tudo fica apenas no humor. Sou casado pela segunda vez e minha primeira sogra foi maravilhosa, uma verdadeira mãe para mim. Quando ela faleceu, fiz uma homenagem a ela, mesmo já estando separado da filha dela”, disse.
“Minha segunda sogra está viva e é uma figura, também me tem como um filho. Ela perdeu dois filhos homens então tem a mim e ao meu concunhado como filhos, amamos ela como uma mãe e ela tem bastante intimidade e carinho comigo”, revelou.
E ele garante ainda que as namoradas e esposas também nunca tiveram do que reclamar da própria mãe e que os relacionamentos também sempre foram de amor e respeito.
“Minha mãe faleceu ano passado, mas sempre se deu bem com todas as minhas namoradas e também com as minhas esposas, sempre foi ótimo. Aqui em casa nunca teve esse problema com sogra, viu?”, disse.
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*Reportagem: Guilherme Lage