“A gente cresce assim, já aprendendo a expressar o nosso amor pelas mães. Seja na troca de olhares, no aconchego do colo, nos desenhos, nas cartinhas, nas flores, no sorriso sapeca, no beijo suado, nas palavras doces ou no abraço apertado.
Lembro, como se fosse hoje, a ansiedade e a emoção das apresentações do Dia das Mães na escola. Por trás da cortina, havia muitas, muitas mães. Eu te procurava com o coração a mil. Lá estava você, com os olhos marejados e em busca do melhor cantinho para não perder nenhum detalhe. Um silêncio na quadra e eis que entramos em cena cantando. Umas mães mais emotivas, outras mais tímidas, mas os meus olhos não desgrudavam da mais linda. Entre as canções, alguns choros de cá e muitas, muitas lágrimas de lá.
Mas nem sempre expressamos nosso amor dessa forma, que o diga a adolescência! Quantas brigas e puxões de orelha, mas nós, filhos, também não somos fáceis, né mãe?! Só que tudo é fase. Logo mais, veio a descoberta da amizade e aí esbarrei, não por acaso, com minha melhor e mais fiel amiga. Quantas roupas, acessórios, conselhos e abraços dividimos.
Mãe, mulher, dona de casa, profissional exemplar, você é pura inspiração. Quantas e quantas madrugadas ouvia o barulho do seu salto alto. Era você saindo, ainda no escuro, para trabalhar. Horário para chegar? Esquece! É mais uma daquelas semanas intensas no serviço. E como ainda dar conta da organização da casa, do cuidado com os filhos e com marido? Mágica que só uma mãe sabe fazer!
Nos sonhos e nas concretizações, lá estava você. Nem sempre concordando com tudo, mas presente em todas as etapas. Assim, me deixou pronta para o mundo e para construir minha própria história. O casamento, o novo lar e a chegada dos netos me deram a oportunidade de colocar em prática tudo o que você me ensinou.”
Eu, Roberta Salgueiro, escrevi este texto não apenas para minha mãe. Simbólicamente, a pedido do Jornal Online Folha Vitória, quis compartilhar esse sentimento, num momento, em que muitos de nós, filhos, não poderemos visitar, nem abraçar, nem beijar aquela que nos ensinou o amor puro, verdadeiro e incondicional.
Veja alguns de meus momentos com minha mãe:
“Hoje eu vejo, mãe, que se externar é maravilhoso, receber esse amor é indescritível. Quando nos tornamos mãe, é que entendemos o outro lado. Por alguns segundos o nosso mundo para. Aquela cena se eterniza. Umas não conseguem conter a emoção e a memória afetiva se perpetua.
Esse Dia das Mães, pode até ser diferente, mas diferente na forma de expressa-lo. Por até faltar o colo, o carinho, o chamego, os abraços, mas nunca o amor. Com a pandemia do novo coronavírus, o isolamento social se tornou a maneira de manifestar todo sentimento e cuidar da pessoa que mais amamos. E o jeito é matar a saudade pelos meios digitais. Sabemos que nada nesse mundo isola o amor de mãe”.
Pensando em conectar esse sentimento que transcende, a Rede Vitória criou uma campanha para diminuir a distância e a saudade. Ao longo do dia, mamães serão homenageadas nas rádios Jovem Pan e Pan News, no jornal online Folha Vitória e na programação da TV Vitória.
Clique aqui e veja as homenagens para as mamães que estão distantes!
Os vídeos foram enviados pelos filhos e as histórias mais emocionantes se transformaram em uma homenagem especial, que você acompanha na programação da Rede Vitória. São histórias que representaram as milhares de mães que, assim como a minha, passarão este Dia das Mães um tanto diferente.
Só uma pessoa pode presentear a mãe: o filho. Mais do que nunca, nesse momento, nós, da Rede Vitória, estamos aqui, para mais uma vez fazer essa conexão. Sua mãe merece!”
