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Dia do Panificador: inovação ao fazer e consumir o pão

A pandemia da covid-19 fez com profissionais da panificação se reinventassem, lançando novos pães e novas formas de venda. O tradicional pão francês divide cada vez mais a cena com os novos sabores do alimento

Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (8), comemora-se o dia do panificador ou do padeiro. Conforme aponta pesquisa do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Espírito Santo (Sindipães), no Estado existem aproximadamente duas mil empresas voltadas para este segmento no mercado.

A pandemia da covid-19 fez com profissionais da panificação se reinventassem, lançando novos pães e novas formas de venda. O tradicional pão francês divide cada vez mais a cena com os novos sabores do alimento. A chef Patricia Santos Neves, do bistrô e padaria artesanal Empório Joaquim, na Praia do Canto, destaca que a produção dessas novidades é também uma forma de estimular um novo jeito de consumo, mostrando o que diferencia o pão artesanal dos pães tradicionais e dando mais opções aos consumidores.

Entre os mais diferentes e exclusivos sabores que a profissional já criou e produziu estão o pão de abóbora com alecrim e mel, o de azeitona com raspa de limão e o pão rústico de figo com nozes. O pão 100% integral com e sem castanha, os mini pães sourdough, os adocicados bomboloni com recheio de doce de leite e cinnamon rolls, além dos clássicos pães australianos e baguetes francesas, também despertam a atenção dos frequentadores da casa na Praia do Canto.

Foto: Divulgação

A panificação de fermentação natural se sobressai, pois nela é utilizada matéria-prima capaz de atuar como perfeito conservante natural, fazendo com que alimento dure mais tempo e reduzindo o número de vezes que as pessoas saem de suas casas para repor o ‘estoque’ de pães.

Por isso, a chef afirma que a técnica da fermentação natural está tendo cada vez mais destaque, embora seja bem antiga. “Esse modo de fazer pão já era praticado desde 4 mil anos a.C., com egípcios e hebreus, e, hoje em dia, não somente por conta do coronavírus, muitos profissionais buscam aprender e mostram interesse sobre o assunto, por se tratar de uma gastronomia mais nobre e não tão popular”, salienta.

Ela conta que a procura por suas produções teve um aumento, principalmente porque, com a pandemia, seu estabelecimento implantou o delivery e o serviço take away, o cliente encomenda e busca no local. “Pensamos em novas formas de comercialização como estratégia, ou seja, fazer com que os produtos cheguem até os clientes sem que eles precisem sair de casa”, explica a especialista.

O mais importante é ter um produto de qualidade, com preço justo e acessível e prezar sempre pela inovação, seja com produções baseadas em inspirações da confeitaria internacional ou mesmo com a técnica da fermentação natural. Como é o caso da chef Patricia e de tantos outros profissionais que optaram por abolir os fermentos prontos que dominam boa parte dos estabelecimentos tradicionais.