Durante 15 anos, pai e filha viveram separados por 870 km e se comunicavam apenas por chamada de vídeo. A estudante de 15 anos, Ana Carolina da Cruz, morava na Bahia com a mãe até este ano, quando pediu para, finalmente, ver o pai. Pela primeira vez, Carol irá comemorar o Dia dos Pais, neste domingo (08), ao lado dele.
O motorista de aplicativo Carlos Henrique dos Santos mora no bairro São Pedro, em Vitória. Há cerca de 15 anos, viveu um relacionamento com a mãe da jovem.
Em entrevista especial ao programa Fala Espírito Santo, da TV Vitória, ele contou que nunca soube o motivo dela ter se afastado dele.
“Ela simplesmente foi embora. E nunca mais tivemos mais contato. Por isso, não sabia que estava grávida”, contou.
Após oito anos, a mãe de Carol entrou em contato com Carlos, a pedido da filha. E assim ele descobriu que era pai de uma menina. Apesar da surpresa depois de tanto tempo, o motorista de aplicativo não nega a felicidade de ter recebido a notícia.
“A gente fica alegre em saber que tem uma filha. E, com o tempo, fui criando aquele amor e expectativa de um dia a gente se conhecer”, explicou ele.
O sonho de Carlos em poder ter a jovem por perto ficou ainda mais próximo quando a própria filha pediu ao pai para morarem juntos. Para ele, foi uma benção que ele pedia a Deus.
“O tanto que eu pedi a Deus que isso acontecesse e Ele me deu essa benção. O pessoal lá em casa ficava esperando ela chegar. Tentamos algumas vezes, mas não dava certo. Até que um dia ela me ligou dizendo que tinha chegado”.
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O primeiro encontro foi regado de emoção e muitas lágrimas. “Foi um dos melhores dias da minha vida. Eu fiquei tão feliz”, contou Ana Carolina.
O pai da jovem ainda detalhou como foi esse momento com a filha. “Quando eu vi ela de longe, a lágrima já começou a cair. Ela desceu do ônibus e me mandou mensagem perguntando onde eu estava. E eu atrás dela quietinho. Quando ela me viu começou a chorar e eu também”.
Agora, ao lado do pai, mais uma etapa se inicia na vida de Ana Carolina, que afirmou que, além de herói, Carlos se tornou sua maior inspiração. “Meu pai é meu herói. Quando eu crescer quero ser igual a ele. Ele é meu orgulho”.
Um pai que salvou a vida do próprio filho
Para muitas crianças, o pai representa a figura de um herói. No caso do pequeno José Rafael, de 2 anos, ele foi mais do que apenas um herói: foi seu salvador.
A família precisou se separar por quatro meses devido ao estado de saúde do filho caçula.
O servidor público Julimar Paiva, que mora com a família em Vargem Alta, no Espírito Santo, é pai de José Rafael, que, em maio deste ano, precisou fazer um transplante de medula óssea.
O filho caçula passou por um momento complicado, com a descoberta de uma doença grave, e precisou fazer uma cirurgia.
Nessa época, o menino José ficou internado em um estado no sul do país.
Após quatro meses distante dos pais e irmãos, no dia 19 de julho, finalmente, o pequeno José teve alta do hospital. E agora irá comemorar o Dia dos Pais junto com a família.
O servidor público contou que o transplante foi um sucesso e que o tratamento vai continuar. Ele diz ainda que sente que cumpriu seu papel de pai.
“O sentimento é indescritível. Sensação de amor muito grande de algo do meu corpo ter salvado a vida do meu filho. Não tenho palavras para descrever o quão feliz eu fiquei em estar com ele em casa”, destacou.
A comemoração da família Paiva vai muito além de apenas celebrar o Dia dos Pais. No próximo dia 12 de agosto, José Rafael irá completar mais um ano de vida.
“Vai ser um Dia dos Pais especial. Com toda a família reunida, meus três filhos e minha esposa em casa. Não preciso de presente melhor. Só tenho que louvar a Deus por isso. E dia 12 é aniversário do José. Temos motivo de sobra para comemorar”, reforçou.
Colocando a saúde do filho em primeiro lugar, Julimar contou que foram dias de angústia em vê-lo longe e não poder fazer nada.
“O sentimento foi de insuficiência, como se eu não pudesse fazer nada. Estive lá no período inicial para fazer a doação da medula, mas precisei voltar por conta do trabalho. Estar distante e não poder estar lá para ajudar com a rotina é muito difícil”, explicou.
Mesmo com toda dificuldade, o pequeno José Rafael mostrou força durante o processo cirúrgico e voltou para casa, para os braços do pai, que foi seu grande herói. Agora, a família está reunida novamente.
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