Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde apontou que o percentual de pessoas com diabetes passou de 5,5% em 2006 para 6,9% em 2013, e que a doença é mais comum entre as mulheres (7,2%) do que entre os homens (6,5%).
A Abbott, uma empresa global de saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Diabetes, concluiu a pesquisa no ano passado. O estudo mostrou que 62% dos brasileiros possuem pelo menos um fator de risco para o desenvolvimento da doença.
A endocrinologista Daniela Franco falou sobre a diabetes em crianças e disse que os pais devem ficar atentos aos sintomas que podem indicar a doença. “A diabetes tipo 1 se identifica quando a criança emagrece muito rápido, toma muita água, come de forma excessiva, entre outros. Os pais devem ficar muito atentos com esses sintomas”, disse.
No CRE metropolitano de Cariacica, localizado no bairro Jardim América, é realizado um trabalho com crianças que têm a doença. “Os pacientes são atendidos a cada três meses e, já que a doença não tem cura, é necessário que eles tenham um acompanhamento. Os endocrinologistas e nutricionistas fazem esse trabalho com as crianças”, afirma.
“Ciência do Açúcar”
Diabetes
O diabetes é uma doença crônica ligada a um colapso na forma como o corpo processa o açúcar.
Fatos Rápidos:
A glicose é a única fonte de energia que pode ser utilizada pelo cérebro e pelos eritrócitos.
Todas as células em todos os organismos do planeta queimam a glicose para produzir energia.
O nosso cérebro é o maior consumidor de glicose em nosso corpo.
A corrente sanguínea humana contém, normalmente e a qualquer momento, cerca de cinco grazas de glicose – o equivalente a apenas uma colher de chá de açúcar.
Como o corpo processa o açúcar
O açúcar é um tipo de carboidrato contido naturalmente nos alimentos, mas também pode ser adicionado durante o processamento de alimentos. A ingestão de açúcar em excesso pode levar a problemas sérios de saúde.
Nós consumimos açúcar de diversas maneiras diferentes, mas, no final, o nosso corpo transforma quase todo o açúcar que ingerimos em glicose – também conhecida como “glicemia”. A glicose é o açúcar primário que o nosso corpo utiliza para gerar energia.
Nosso sistema interno de processamento do açúcar começa na boca, onde a saliva começa a degradar os alimentos até moléculas mais simples. A partir daí, o alimento viaja para o estômago, onde os sucos gástricos continuam digerindo os carboidratos em moléculas de açúcar menores. Finalmente, as moléculas de açúcar se movem para o intestino delgado, onde a maioria é transformada em glicose, absorvida na nossa corrente sanguínea e transportada por todo o corpo para fornecer energia.
Quando digerimos uma refeição e a nossa glicemia aumenta, ela sinaliza ao pâncreas para liberar um hormônio chamado insulina. A insulina é responsável por mover a glicose do sangue para as células que precisam de energia. Geralmente, quanto mais açúcar há na corrente sanguínea, mais insulina o pâncreas libera. No entanto, há limites para a quantidade de insulina que o pâncreas pode produzir e – portanto – da quantidade de açúcar que nosso corpo pode processar de uma vez. O açúcar que não pode ser usado imediatamente é armazenado nos músculos, no fígado e nas células adiposas, até que mais energia seja necessária.
Este sistema complexo de processamento do açúcar está sempre trabalhando para manter nosso nível de glicemia em uma faixa saudável. Quando o sistema entra em colapso, pode levar a doenças sérias – a mais conhecida delas é o diabetes. No diabetes tipo 1, o próprio sistema imunológico do corpo destrói as células do pâncreas que produzem insulina (conhecidas como células beta). Na forma mais comum do diabetes – tipo 2 – o pâncreas ainda produz insulina, mas ou não é o suficiente para controlar os níveis de glicemia, ou as células do corpo não a utilizam de forma eficaz.
Ambos os tipos de diabetes devem ser controlados com cuidado para manter os níveis de glicemia saudáveis e evitar sérias complicações. A presença de níveis elevados de glicemia (hiperglicemia) durante longos períodos de tempo pode danificar o coração, vasos sanguíneos, nervos e rins. A baixa glicemia (hipoglicemia) também pode ocorrer em pessoas com diabetes; a baixa glicemia não tratada pode resultar em coma e morte. Felizmente, existem muitos tratamentos e sistemas de monitoramento da glicemia disponíveis para ajudar as pessoas com diabetes a controlar com mais facilidade e de maneira eficaz a sua doença e levar suas vidas de forma mais saudável.