Um grupo de motoristas de aplicativo protestou, na tarde desta terça-feira (18), contra a insegurança na profissão. O ato aconteceu na Praça do Papa, em Vitória, e os profissionais, que se mostraram inconformados com a falta de segurança nas corridas, cobram por soluções públicas.
De acordo com os trabalhadores, desde que o serviço de transporte de aplicativo começou a aceitar o pagamento em dinheiro, o número de assaltos cresceu.
No final da tarde de segunda-feira (17), Cássio Caliman, de 64 anos, foi esfaqueado enquanto faziam uma corrida na Barra do Jucu, em Vila Velha. O homem não resistiu aos ferimentos e morreu. Além de esfaquear a vítima, os dois suspeitos também utilizaram um carregador de celular para amarrar o pescoço do homem.
O carro que Cássio dirigia foi levado pelos assaltantes, mas foi localizado pouco tempo depois pela Força Nacional, no bairro Jardim de Alah, em Cariacica. Cássio trabalhava há seis meses como motorista de aplicativo. Antes de entrar nesta profissão, ele era representante da Ceasa. Faltavam apenas três meses para ele se aposentar.
O presidente da Associação de Motoristas de Aplicativo esteve no Departamento Médico Legal para prestar solidariedade à família. Luiz Fernando Muller ressaltou que a violência sofrida pelo setor tem aumentado. “Quando o serviço de carros de aplicativo chegou na Grande Vitória, sofríamos assaltos. Hoje, também somos vítimas da insegurança”, disse.
Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado como latrocínio e será investigado pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais. Até o momento nenhum suspeito foi detido.
Também em Cariacica, outro homem de 40 anos se tornou uma vítima. No último domingo (16), ele foi esfaqueado e teve o carro roubado enquanto fazia uma corrida. Ele está internado em estado grave. O veículo tinha localizador e foi encontrado no bairro Terra Vermelha, em Vila Velha.
Os dois casos retratam a rotina da profissão que é recente. Ao chegar na Grande Vitória, muitas pessoas colocaram o próprio carro para trabalhar e sustentar a família. Atualmente, os motoristas trabalham com medo, mas querem mudar esta realidade.
Com informações da TV Vitória/Record TV.