Durante o isolamento social, muita gente sente vontade de “enfiar o pé na jaca” e comer aquelas comidinhas um pouco mais gordurosas. É um hábito comum nessa quarentena, mas é preciso ter cuidado.
No Diário da Quarentena desta terça-feira (28), a repórter da TV Vitória/Record TV, Marla Bermudes, conversou com pessoas que têm se alimentado dessa forma e também tirou dúvidas com uma nutricionista.
A faturista, Juliana Gonçalves, conta que criou uma mania não muito boa durante a quarentena: ela abre a geladeira o tempo todo. “Está surreal, eu estou literalmente enfiando o pé na jaca. Minha alimentação está muito equilibrada, como uma maça e depois um leite condensado (risos)”, disse.
A empresária Franciele Ciorcero reclama que não consegue mais fazer dieta e está tendo muitas dificuldade durante a quarentena. “Antes do isolamento, eu conseguia. Quando eu queria fazer uma dieta, eu tinha determinação e não perdia o foco, mas nessa quarentena não estou conseguindo”, constata.
A incerteza de não saber quando tudo voltará ao normal prejudica nossa saúde mental. De acordo com a nutricionista Brenda Reblin, a alimentação desregrada é uma válvula de escape. “É o chamado ‘comer emocional’ para preencher algo, como ansiedade, tristeza, incertezas, preocupação e até mesmo depressão”, explica.
E como controlar essa necessidade na hora de comer? A nutricionista dá dicas. “Evitar ter alimentos ricos em açúcar, doces, refrigerantes, alimentos ricos em gordura, industrializados. Porque no momento de ansiedade e preocupação são eles que a gente ataca”, afirma.
Além disso, essa comilança desenfreada pode levar à obesidade, que é um fator de risco para o covid-19. “A obesidade é um fator de risco pois desenvolve várias outras doenças crônicas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes. Doenças que comprometem a nossa saúde e a nossa imunidade”, alerta Brenda.