Em tempos normais, ter pais e mães separados não deve ser tarefa fácil. Agora, imagine durante uma pandemia que nos obriga a ficar em casa?
No Diário da Quarentena desta segunda-feira (18), a repórter Marla Bermudes, da TV Vitória/Record TV, conversou com alguns capixabas que precisaram se adaptar para mais esse desafio.
A Jadeane Araújo é cabeleireira e mãe de dois meninos: Hya, de 14 anos e Huan, de 11. A guarda das crianças é compartilhada e os filhos moram com a família paterna, na casa da avó. Antes da pandemia chegar, o contato entre mãe e filhos era intenso e constante.
No entanto, para proteger todos, eles decidiram respeitar o isolamento social. “No Dia das Mães não pude estar junto, no aniversário do mais velho também não consegui porque estamos seguindo o isolamento social. Ainda bem que existe a chamada de vídeo, dá pra matar um pouco a saudade”, conta.
O gerente comercial, Leonardo Pedrosa Pandolfi, tem um casal de filhos: o Murilo, de 17 e a Nathália, de 9 anos. E há mais de 50 dias que ele não vê pessoalmente os dois porque a família respeita as recomendações do governo para manter o isolamento. “Com o coronavírus, eu não consigo ver mais meus filhos. Eu tinha uma rotina de vê-los pelo menos duas vezes por semana e nos finais de semana também. Já deve ter mais de 50 dias que eu não vejo porque eles moram embaixo das casas dos avós, que são grupo de risco”, explica.
Decidir com quem o filho vai ficar não é fácil. Para isso, a psicóloga Ana Paula Araújo revela que o fator fundamental para dar certo é o diálogo. “Sejam adultos. Utilizem da maturidade que a idade nos traz. O bem estar é do filho, ele não é feito para ser jogo emocional. É preciso tomar cuidado com o conflito de lealdade, não é legal para o psicológico da criança”, ressalta.