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Encontro entre Hartung e Dilma para acelerar criação de fundo para vítimas da lama

Durante reunião governantes reafirmaram que não abrirão mão da ação judicial, que determina que Samarco deposite R$ 2 bilhões para viabilizar recuperação da Bacia do Rio Doce

Lama da Samarco atingiram os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo Foto: Agência Brasil

Em reunião realizada na tarde desta segunda (18), a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e os governadores do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), e de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT),  decidiram buscar um acordo com a Samarco e a empresas Vale e BHP Billiton, proprietárias da mineradora, para acelerar a criação de um fundo para ressarcimento de danos ambientais e sociais causados ao Rio Doce após o rompimento de barreira com rejeitos de minério em Mariana, ocorrido no dia 5 de novembro de 2015.

Durante a reunião os governantes reafirmaram que não irão abrir mão da ação judicial proposta no mês de dezembro, que determina que a Samarco deposite R$ 2 bilhões para viabilizar as ações de recuperação da Bacia Hidrográfica do Rio Doce.

O procurador-geral do Estado, Rodrigo Rabello, que participou do encontro em Brasília, explica que o acordo tem como objetivo acelerar a recuperação dos estragos e não exime a Samarco da responsabilidade do rompimento da barragem e todas as suas consequências ambientais e socioeconômicas ao longo do Rio Doce e litoral Norte capixaba.

“Existe uma ação judicial em andamento, mas para adiantar o início das ações de recuperação ambiental e social, os poderes públicos envolvidos (União, governos do Espírito Santo e de Minas Gerais) e as empresas – BHP Billiton, Vale e Samarco – responsáveis pelo acidente irão iniciar uma negociação para modelagem de um acordo”, disse Rabello.

“Foi decidido ainda que três pontos são essenciais nesta nova proposta: criação de um fundo privado para administração dos recursos, ou seja, sem a administração do poder público; criação de uma fundação especifica para coordenar a execução do plano de recuperação ambiental e social e, por último, acordo comum entre as três empresas envolvidas”, completou o procurador-geral.