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Do Brasil, zika se espalha por mais de 20 países e deixa o mundo em alerta

A tendência, segundo as autoridades, é que a epidemia siga se alastrando por várias regiões.

A tendência, segundo especialistas, é que tal epidemia continue se alastrando e se torne endêmica Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A proliferação do zika vírus pelo mundo já é uma realidade que tem deixado em estado de alerta as principais autoridades sanitárias do planeta, como a OMS (Organização Mundial de Saúde) e a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). O assunto tem sido manchete nos principais jornais do mundo. 

Com base no Brasil, a doença está se espalhando para outras regiões tropicais e subtropicais propícias para o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, vetor do zika, da chikungunya e da dengue. Nestes países, a maior parte da população não tem imunidade ao vírus, o que contribui ainda mais para a epidemia. 

A tendência, segundo especialistas, é que tal epidemia continue se alastrando e se torne endêmica (recorrente em períodos do ano) em alguns países como o Brasil e da América Latina.

A maior preocupação em relação ao zika é o fato de a doença estar relacionada à má-formação de bebês, que podem nascer com microcefalia por causa do contato do vírus com o feto. 

Não se sabe a exata atuação do zika no corpo humano e em que momento ocorre a infecção do feto, mas, tanto  governos, como o brasileiro, quanto a OMS confirmaram a relação entre a microcefalia e o zika.

A Opas, representante da OMS para a América Latina, até fez a recomendação para que as gestantes sejam “especialmente cuidadosas” antes de viagens para regiões afetadas pelo vírus e consultem um médico para receber as devidas orientações.
No Brasil, são pelo menos 3.893 os casos de bebês que nasceram com a má-formação, segundo o Ministério da Saúde. O zika já é encontrado em 21 países da América Latina. E já está se multiplicando pela Costa Leste e região central dos Estados Unidos. 

Os únicos países dessas regiões que estão imunes ao vírus são o Chile e o Canadá, onde não há a presença de Aedes, por causa do inverno prolongado e das baixas temperaturas.

Falta de informação

As mazelas da doença têm obrigado as autoridades a dar declarações incomuns, o que as torna, muitas vezes, alvos de críticas. 

É o caso, por exemplo, do ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Castro, que teve de se desculpar por ter afirmado que torcia para as mulheres pegarem zika antes da gravidez.

A preocupação maior ocorre nos países subdesenvolvidos, em que as mulheres não contam com um acesso adequado a métodos contraceptivos ou a cirurgias emergenciais de aborto e, ainda, são vítimas da falta de informação e da violência dos estupros.

Governos de países como Colômbia e El Salvador já recomendaram oficialmente para que as mulheres adiem a gravidez. El Salvador foi ainda mais rígido, solicitando que o adiamento se prolongasse pelo menos até 2018.

Com informações do Portal R7