O incêndio na cobertura do Edifício Chiabai Martins, na Rodovia do Sol, em Vila Velha, na quinta-feira (16) da semana passada, causou a morte de dois cachorros que moravam com o casal.
A morte dos pets foi constatada durante a perícia criminal no imóvel. Os animais eram pequenos, da raça pinscher, e foram encontrados dentro de um banheiro. Um estava debaixo do armário da pia e o outro estava encolhido atrás do vaso sanitário.
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O incêndio teria sido iniciado por uma briga entre um casal de empresários no apartamento do último andar do prédio. As informações são da Polícia Militar.
O banheiro onde os animais foram encontrados, no entanto, não foi carbonizado. Os cachorros também não possuíam marcas de ferimentos ou queimaduras. A hipótese é que não teriam conseguido sair da suíte no momento do incêndio.
Portanto, presos no apartamento e com os outros cômodos pegando fogo, os animais teriam morrido asfixiados.
Segundo a Polícia Civil, a conclusão da perícia criminal está prevista para o início da segunda quinzena de junho.
Moradora pediu medida protetiva contra o marido
A empresária de 48 anos que mora na cobertura que pegou fogo teria sido agredida pelo marido momentos antes do apartamento pegar fogo.
Depois do incêndio, ela foi até a delegacia e pediu medida protetiva contra o homem. A polícia investiga se o incêndio foi provocado de forma criminosa após a briga entre o casal.
Por nota, a Polícia Civil informou que a vítima compareceu à Delegacia Regional de Vila Velha, onde prestou depoimento, solicitou a Medida Protetiva de Urgência (MPU) e representou criminalmente contra o homem.
Advogado identifica, pelo menos, três crimes no caso do incêndio
O caso investigado envolve violência contra a mulher, incêndio e, agora, morte de animais. Portanto, classificam três crimes na visão do advogado criminalista Lucas Kaiser, em entrevista à TV Vitória/Record.
“Em um primeiro momento, teríamos o crime de lesão corporal, por conta do boletim de ocorrência registrado pela moradora, sendo que a pena pode chegar a oito anos. Depois, teríamos o crime de incêndio, se for provado que tenha sido intencional, com pena que chega até seis anos. Por fim, aplicando a lei de crimes ambientais, temos a morte de dois animais domésticos, com pena que chega a cinco anos”, explicou.
Após o incêndio, a mulher já foi vista quatro vezes no condomínio, já o marido não foi mais visto desde que saiu do local de carro, no momento do fogo. O casal mora há cerca de um ano na cobertura com um filho adolescente.
*Com informações do Paulo Rogério, repórter da TV Vitória/Record.