Corpos de vítimas do acidente na BR-101, em Guarapari, continuam no Departamento Médico Legal aguardando identificação. Dos 23 mortos na tragédia, considerada o maior acidente rodoviário do Espírito Santo, 12 ainda não foram sepultadas.
Das 11 famílias que aguardam o reconhecimento dos corpos, três vão passar por exames nesta semana, já que só com o DNA será possível identificar as vítimas carbonizadas.
Um deles ainda não foi procurado pela família, o que dificulta o reconhecimento e a liberação. A viação Águia Branca, responsável pelo ônibus, disse que não vai divulgar a lista de passageiros.
O acidente
A batida envolvendo um ônibus interestadual, uma carreta carregada com uma pedra de granito e duas ambulâncias de municípios do interior do Estado aconteceu na manhã da última quinta-feira (22). Vídeos mostraram o desespero das vítimas do acidente. No total, 23 pessoas morreram.
O número inicial era de 21 mortos, mas duas vítimas que deram entrada no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, em estado grave, não resistiram aos ferimentos e acabaram morrendo. Entre elas estava um jovem de 24 anos, que teve 95% do corpo queimado.
A causa do acidente ainda não foi oficialmente confirmada, mas a Polícia Rodoviária Federal (PRF) suspeita que um pneu estourado da carreta pode ser a causa principal. Além disso, os policiais constataram que o veículo não estava em boas condições e o peso ultrapassava 11 toneladas do total permitido.
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Um dos proprietários da empresa Jamarli Transportes, responsável pela carreta, chegou a ser preso em flagrante na última sexta-feira (23), mas foi liberado no último sábado (24).
O secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, classificou o acidente como “a maior tragédia rodoviária do Espírito Santo”. Além disso, a Comissão de Fiscalização da Concessionária ECO 101, na Câmara dos Deputados, entrará com uma denúncia no Ministério Público Federal (MPF) contra a empresa que administra a BR 101.