Os eleitores capixabas voltarão às urnas no dia 30 de outubro para escolher o próximo governador e o próximo presidente. O segundo turno determinado pelas urnas demonstra que o eleitor precisa de mais tempo para decidir quem vai comandar o Palácio Anchieta e liderar o país nos próximos quatro anos. No Espírito Santo, a disputa será entre Renato Casagrande (PSB) e Carlos Manato (PL).
O atual governador ganhou a maioria dos votos em 64 cidades do Estado, um total de 976.652 votos, o que representa 46,94% dos votos válidos. Manato recebeu 800.598 votos e venceu em 13 municípios, chegando a 38,48% dos votos válidos.
No Espírito Santo, Bolsonaro (PL) venceu com 52% dos votos – 12 pontos percentuais à frente de Lula (PT), que teve 40% dos votos dos capixabas.
Com o atual cenário político, entramos em uma campanha de segundo turno que tende a ser mais agressiva. Caberá aos candidatos conquistar apoios, compor alianças, na tentativa de obter a maioria dos votos válidos.
O que não podem perder de vista é o que realmente espera o eleitor. O segundo turno existe para proporcionar um aprofundamento do debate público sobre o que pensam os candidatos. Representa uma oportunidade para o eleitor refletir melhor sobre os nomes que estão na corrida eleitoral. É justamente aí que reside a importância deste momento.
Mas, para que este segundo turno cumpra a sua real finalidade, os candidatos à presidência e ao Governo Estadual precisam fazer sua parte, deixando em segundo plano os ataques e animosidade, para se concentrarem na apresentação efetiva de propostas em questões fundamentais que preocupam os capixabas, como a segurança pública, a garantia da saúde e da educação de qualidade, o desenvolvimento da economia e a geração de emprego e renda.
Para ter sucesso, os candidatos terão que mostrar mais planos de governo do que bate-boca. E quem vai ganhar com o debate aprofundado é o cidadão.