A crise hídrica e a epidemia de Dengue são desafios interligados que demandam a participação ativa da população.
A quantidade de chuva necessária para garantir o nível dos rios que cortam o Estado não veio e, portanto, cada gota de água torna-se ainda mais valiosa.
O governo do Estado decretou estado de alerta e pelo menos três prefeituras – Jaguaré, Barra de São Francisco e São Gabriel da Palha – já determinaram medidas de racionamento, o que impacta não só atividades econômicas como indústria e agricultura, mas o uso para o consumo humano.
É imperativo que a população compreenda a gravidade da situação e adote medidas concretas para evitar desperdícios como, por exemplo, a redução no tempo de banho e o uso supérfluo, como a lavagem de calçadas, vidraças e veículos.
Significa, sim, uma revisão nos hábitos diários. É preciso, de uma vez por todas, compreender que as ações individuais se somam para criar uma cultura de sustentabilidade.
Isso vale para a crise hídrica e isso vale para o combate à dengue.
A incidência da doença no país aumentou 15% em relação ao ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde. E o Espírito Santo está entre as regiões que podem ter uma epidemia neste verão.
Como a melhor maneira de combater a dengue é não deixar o mosquito que transmite se reproduzir, é fundamental que cada um faça a sua parte.
Novamente é preciso entender a gravidade do momento e mudar hábitos, principalmente na eliminação correta de recipientes que acumulam água e são propícios para a reprodução do mosquito.
É preciso quebrar a lógica de esperar que algo aconteça em nossa própria casa – alguém ficar doente ou faltar água – para que façamos algo em benefício do todo.
A conscientização não é apenas um componente no enfrentamento tanto da dengue quanto da escassez de água, mas sim o alicerce para a construção de soluções sustentáveis que devem ser impulsionadas por campanhas educativas sistematizadas, ou seja, para além das ações circunstanciais.
Trata-se de promover uma mudança cultural.