O aumento contínuo da frota de veículos, aliado à falta de investimentos em infraestrutura viária adequada para suportar esse crescimento gera o que estamos presenciando diariamente na Grande Vitória: congestionamentos frequentes.
Basta olharmos para a Terceira Ponte, a BR-101 em Carapina, as Avenidas Norte-Sul, Dante Michelini e Americo Buaiz. Segunda Ponte e Cinco Pontes também com acessos congestionados todas as manhãs e fim do dia.
Essa realidade causa não apenas atrasos e estresse para os motoristas, mas impactos negativos na economia local e na qualidade de vida dos cidadãos.
Mobilidade urbana é um dos pilares das cidades modernas e garantir a fluidez do tráfego exige, antes de qualquer coisa, vontade política e capacidade de diálogo dos gestores públicos, afinal, boa parte dos deslocamentos é intermunicipal.
Estamos em ano eleitoral e o debate sobre possíveis soluções deve estar entre as prioridades dos candidatos.
Razoável dizer que ninguém espera propostas megalomaníacas, que podem parecer interessantes no papel, mas que se mostram completamente inviáveis.
As soluções passam pelo investimento em sistemas inteligentes de gestão do tráfego, pela expansão e melhoria do transporte público, pela implantação de ciclofaixas e faixas exclusivas para ônibus, pelo planejamento urbano integrado, que envolva inclusive, a iniciativa privada no desenvolvimento de projetos que tenham harmonia com o espaço urbano.
Ao estruturar um empreendimento é fundamental considerar a questão da mobilidade. Quando isso não é feito, desencadeia uma série de consequências negativas.
Como exemplo podemos citar as enormes filas duplas que se formam nas portas das escolas. Além de obstruir o trânsito e contribuir para os congestionamentos, há o desrespeito às leis e um claro enfraquecimento do conceito de bem comum do espaço público.
Um paradoxo quando pensamos na educação dos nossos filhos e nas gerações futuras.
Somente com esforço conjunto será possível construir cidades mais sustentáveis, seguras e acessíveis para todos.