O tom das eleições no Espírito Santo, pelo menos na Grande a Vitória, foi de continuidade. Ao escolher quem serão os responsáveis por gerir os orçamentos municipais e enfrentar os desafios urbanos, como mobilidade, saneamento, segurança, educação e serviços básicos, pelos próximos quatro anos, o eleitor capixaba preferiu apostar nos gestores atuais.
Venceu o princípio ou o dito popular de que “em time que está ganhando não se mexe”, independentemente de questões ideológicas. Um cenário bem diferente da eleição passada. Em Vitoria, Viana, Cariacica e Vila Velha a disputa foi liquidada já no primeiro turno com a vitória dos atuais mandatários, como apontavam as pesquisas de intenção de voto realizadas pelo Instituto Futura em parceria com a Rede Vitória.
Aliás, em nenhum outro momento foram realizados tantos levantamentos como agora, ao todo 91 pesquisas eleitorais. Além da fotografia momentânea da vontade do eleitor, a Rede Vitória produziu dezenas de reportagens e sabatinas com os candidatos com o objetivo de elucidar cada uma das propostas de governo.
Arnaldinho Borgo, prefeito da cidade canela verde, segundo maior colégio eleitoral do Estado, teve quase 80% dos votos válidos, e se firma como uma das novas forças políticas. No outro espectro, Lorenzo Pazolini, prefeito da Capital, também sai mais forte das urnas. Apenas na Serra a eleição terá segundo turno. E ainda assim, até aqui, o atual prefeito Sérgio Vidigal parece o grande vencedor. Apesar de não concorrer a reeleição, o candidato dele terminou em primeiro lugar. Mais do que isso: o ex-prefeito Audifax Barcelos, ficou em terceiro. Mesmo fora do segundo turno, ele certamente terá um papel importante na medida que a migração de votos poderá definir quem será o próximo prefeito.
A dúvida no mercado político é se os adversários históricos, Sérgio Vidigal e Audifax Barcelos, que se alternam na Prefeitura da Serra há mais de 20 anos, estarão do mesmo lado para evitar que uma outra liderança fure essa bolha.
Com a palavra, o eleitor!