Receber um evento internacional de grande porte, como o que aconteceu nos últimos três dias em Vitória, é mais do que um marco econômico: é um convite para que a cidade e o Espírito Santo assumam certo protagonismo em conversas que moldam o futuro.
Mérito do Governo do Estado, principalmente do Secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Felipe Rigoni e da cerimonialista Stella Miranda, e também do ES em Ação, que capitaneou a articulação com as empresas públicas e privadas para viabilizar financeiramente o evento.
Com mais de 400 líderes globais de 37 países discutindo temas como sustentabilidade, inovação, macroeconomia, geopolítica, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável, o evento reflete o potencial que a região tem para atrair e acolher encontros de relevância mundial, abrindo portas para investimentos e parcerias. De forma imediata, incrementa os setores hoteleiro, de bares e restaurantes.
O turismo de negócios é um importante vetor econômico em diversas localidades. Essa foi a primeira vez que o Horasis Global Meeting aconteceu no continente americano e, de acordo com os organizadores, a escolha pelo Espírito Santo se deu pelo fato do estado ter um setor empresarial organizado, potencialidades econômicas, localização geográfica com facilidade de conexões para outras regiões do país e promover os conceitos ESG, ou seja, práticas sociais, ambientais e de governança.
Assim como outras localidades que já sediaram o evento, a cidade entra no radar global como um polo de referência para práticas sustentáveis e soluções inovadoras. A percepção é amplificada não só entre os que estão diretamente envolvidos no evento, mas entre suas redes e comunidades de influência ao redor do mundo, afinal, quando 400 líderes globais falam sobre Vitória, comentam suas impressões e compartilham experiências vividas na cidade, isso cria uma onda de visibilidade.
Por outro lado, o olhar internacional põe em evidência questões sociais e ambientais que ainda carecem de solução no estado. A título de exemplo, podemos citar o assoreamento de rios, a poluição da água e do ar, a redução da biodiversidade, populações em áreas de risco, com dificuldade de acessar serviços públicos e, até mesmo, um contingente de pessoas que não tem acesso à alimentação.
A troca de experiências e o networking com representantes de diversos países geram conexões valiosas, seja no setor público ou no privado, e abrem caminho para que negócios, universidades e centros de pesquisa locais possam colaborar com instituições internacionais e fortalecer políticas públicas e áreas que ainda estão em desenvolvimento na economia local As próprias empresas capixabas podem se beneficiar diretamente e adaptar as estratégias para estarem alinhadas com o que está por vir.
E, para além dos negócios, eventos dessa magnitude inspiram e são um incentivo para a sociedade se engajar mais ativamente com temas como desenvolvimento sustentável e uma série de oportunidades de transformação que podem beneficiar gerações futuras.
Inovação, responsabilidade e colaboração são os pilares para construir um amanhã melhor.