O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou em Vitória que o Sistema Único de Saúde (SUS) vai monitorar a água de Brumadinho (MG) e região por mais de 10 anos. Isso porque após o rompimento da barragem da mineradora Vale, que provocou a morte de mais de 240 pessoas, há preocupação com o solo e o subsolo atingido pela lama de rejeitos de minério.
“Há muita preocupação com água, solo e subsolo. Dali saem os alimentos, que as pessoas vão consumir e a gente precisa saber o padrão, se aquilo tem segurança alimentar ou não tem. Então, tem todo um laboratório que vai trabalhar por mais de 10 anos, pago pelo SUS, que monitora a água não só de Brumadinho, mas de todo aquele vale, com todas as cidades para frente, todos os alimentos que ali estão. É a mesma coisa que a gente faz na outra cidade, Mariana”, explicou.
O trabalho do Ministério da Saúde é separado por fases de níveis distintos, segundo Mandetta. “A gente divide sempre essas tragédias na fase aguda, onde o Ministério coordena, a gente tem a sala de situação crítica. Quando houve o caso de Brumadinho, a sala de situação crítica percebeu o acidente e comandou todas as unidades de urgência, reservou todos os leitos hospitalares. Então, a fase aguda é sobrevivência, ´é vida”, afirmou.
“Depois a gente vai para uma fase intermediária e a fase que a gente está vivendo agora é a que a gente observa muitos problemas na saúde mental. Então a nossa equipe de saúde mental reforça CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), porque tem aumento de suicídio e tentativa de suicídio, tem muita depressão, então essa é uma fase que a gente trabalha muito isso em relação à saúde das pessoas”, completou o ministro da Saúde.