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Empresa da Espanha é contratada para reduzir desperdício de água em Colatina

o Espírito Santo é inclusive o campeão em desperdício de água tratada em todo o sudeste, em 2013, segundo SNIS. E Colatina é um dos municípios que enfrenta esse problema

ES é campeão em desperdício de água Foto: R7

A escassez de água é um problema grave que tem afetado inúmeras regiões. O Espírito Santo é, inclusive, o campeão em desperdício de água tratada em todo o sudeste, em 2013, segundo informações divulgadas pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).  

Um dos municípios capixabas que mais tem enfrentado esse problema do desperdício é Colatina, no norte do Estado. Embora ainda sem números oficiais sobre o desperdício na rede de distribuição, o município se empenha para reverter esse cenário.

A Sanear concessionária local responsável pelo abastecimento de água, contratou a empresa espanhola Ingeniería Estudios y Proyectos – NIP S.A para traçar um diagnóstico, nos próximos oito meses, e identificar falhas e melhorias a serem feitas para reduzir os desperdícios na distribuição, além de melhorar o perfil de consumo de água em Colatina.

O estudo será desenvolvido em duas etapas: diagnóstico da situação atual e geração do plano de redução e controle de perdas de água. Cinco consultores espanhóis e quatro brasileiros estão envolvidos no levantamento, com previsão de conclusão para agosto deste ano. Entre eles, está o consultor espanhol Alfredo Carbonell, que participará ativamente nesta primeira fase de Diagnóstico. Ele conta em seu currículo, entre muitas outras referências, com importantes trabalhos no setor de abastecimento de águas no Oriente Médio, como o projeto da rede de distribuição de águas de Abu Dhabi.

“Queremos, com esse trabalho, beneficiar não só a população que reside no município, mas todos os usuários do Rio Doce a partir de Colatina”, explica Bruno Marcio da Silva Reis, sócio administrador da NIP do Brasil.

Pioneiro no Brasil, este é o primeiro projeto deste tipo que a NIP S.A realiza no país e a intenção é que, após a sua conclusão, o estudo se torne uma referência na área de gestão hídrica e seja feito também em outras regiões. Afinal, como esclarece Bruno Reis, as perdas na distribuição atingem muitos municípios, alguns em escalas que podem chegar a até ou mais de 50% do volume total de água tratada.