A Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agersa) intensificou o monitoramento das linhas do transporte público durante a paralisação dos motoristas de ônibus em Cachoeiro, na última terça-feira (11).
Auditores-fiscais do órgão acompanharam, nas ruas, o cumprimento da liminar judicial que determinou a circulação mínima de 60% da frota das empresas de ônibus nos períodos de pico, tanto pela manhã (das 6h às 9h) como no fim do dia (entre 17h e 20h).
A liminar, expedida pelo desembargador Marcello Maciel Mancilha, do Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES), também exige 50% da frota na malha viária do município durante os horários com menor fluxo no trânsito.
“Os auditores notificaram o Consórcio Novo Trans, porque os ônibus começaram a circular às 6h, bem depois dos primeiros horários do dia. O consórcio terá 72 horas para prestar esclarecimentos”, disse o diretor-presidente da Agersa, Vilson Coelho.
Segundo ele, também foram identificados alguns itinerários suprimidos, acarretando em novas notificações. O trabalho de fiscalização continua nos próximos dias.
De acordo com o gerente de tráfego da empresa, Renato Borges, a notificação foi recebida na tarde da última terça-feira (11), e a empresa já preparou a defesa. “Recebemos a notificação no mesmo dia e estamos providenciando a resposta. Não foi uma falha do Consórcio e nem por questões trabalhistas. Os funcionários estavam à postos, assim como os ônibus. Eles foram impedidos de deixar o local, justamente para apressar uma decisão judicial de reajuste salarial”, explica.
Nas primeiras horas da última terça-feira (11), os motoristas fizeram uma paralisação pedindo reajuste salarial para a categoria. Após conversas com representantes da empresa, os funcionários voltaram ao trabalho e vão aguardar uma contraproposta até a próxima segunda-feira (17). Caso não haja um acordo, eles não descartam uma nova paralisação na próxima terça-feira (18).