Enfermeiros de diversas unidades de saúde e hospitais do Espírito Santo reclamam da falta de equipamentos de proteção individual (EPI). Segundo o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-ES), só na última semana foram realizadas 37 denuncias da escassez dos EPI’s.
Segundo o Sindicato dos Médicos, o aumento da demanda provocada pela pandemia do Novo Coronavírus tem deixado o estoque das unidades de saúde vazios. Faltam luvas, máscaras, protetores faciais ou óculos, e até avental.
De acordo com o presidente do Sindicatos dos médicos, Otto Baptista, apesar do crescimento da demanda, a entidade não enfrenta problemas. “Não sentimos dificuldade para aquisição desses equipamentos”, afirmou.
Já o Coren-ES, alega dificuldades para o abastecimento de hospitais e unidades de saúde da rede privada e pública. A presidente do órgão, Andressa Barcellos, pediu esclarecimentos à Secretária de Estado da Saúde (Sesa), que ainda não se posicionou.
Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina informou que a entidade e o Ministério Público do Trabalho estão realizando uma pesquisa para identificar os locais em que os equipamentos estão em falta, para que seja possível propor, em comum acordo com gestores e autoridades públicas, ações seguras de enfrentamento do Novo Coronavírus e reposição dos materiais.
Na última semana, o Pronto Atendimento de Cobilândia, em Vila Velha, foi fechado por falta destes equipamentos. A escassez durou três dias. A unidade só foi reaberta no último sábado (28). A prefeitura recebeu máscaras por empréstimos e providencia a compra emergencial para repor o estoque.
Sesa
A Sesa informou que as unidades hospitalares da rede estadual estão abastecidas com EPIs para os profissionais. No entanto, esclarece que existem critérios para utilização desses itens e que tanto a equipe de Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), quantos os infectologistas, têm reforçado as orientações sobre a utilização consciente desses materiais nos hospitais seguindo o protocolo do Ministério da Saúde (MS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em relação às unidades municipais de Saúde, a Sesa ressalta que a responsabilidade da aquisição de EPIs para os profissionais dos prontos atendimentos é dos municípios. Entretanto, esclarece que devido à pandemia, a pasta está com um processo de compras em aberto para dar suporte às Secretarias Municipais e reforçar o estoque estadual.
*Com informações do repórter da TV Vitória, Paulo Rogério.