A Meningite é uma inflamação das membranas que envolvem o sistema nervoso (as meninges), e pode ser causada por vários tipos de microorganismos. As mais comuns são causadas por vírus, que são, em geral, de pouca gravidade. Já as causadas por bactérias são mais graves e muitas vezes letais. A principal bactéria causadora da doença é o meningococo, assim chamado por ter sido descoberto num caso de meningite, que é sua principal manifestação no ser humano
Existem vários subtipos dessa bactéria. As denominadas por letras: A, B, C, W e Y são os principais. A transmissão é feita pela saliva, espirro ou tosse, então é como a gripe: muito difícil de se proteger completamente. Hoje no sistema público do Brasil, existe a imunização para a meningococo C, enquanto nas clínicas privadas existem vacinas que protegem contra os meningococos A, C, W e Y numa mesma vacina e outra especifica para meningococo B.
Como a meningite é difícil de identificar com rapidez, já que os sintomas são parecidos com o de várias outras doenças, como febre, dor de cabeça, confusão mental e, às vezes, rigidez na nuca, que é o sintoma mais específico, é considerada uma doença muito perigosa, sobretudo para os bebês. Por conta disso, é importante considerar a vacinação como algo primordial. Mas sempre que falamos de vacina pensamos também se pode causar alguma reação nas crianças. Se formos considerar os benefícios, as reações são poucas: um pouco de rubor, febre e dor no local e aplicação da vacina.
Já a meningite por meningococo tipo B é a segunda em freqüência no Brasil, mas com a redução dos casos de doença causados pelo meningococo tipo C na faixa etária protegida pela vacinação do sistema público, o meningococo B pulou do segundo lugar para o primeiro como causa de doença meningocócica após 5 anos de idade.
No Brasil, a vacina tem potencial para prevenir 81% dos meningococos B que circulam em nosso país. É indicada a partir de 2 meses de idade contra doença meningocócica invasiva causada por Neisseria meningitidis do grupo B. Está licenciada para indivíduos até 50 anos de idade.
A orientação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) é que a vacinação deve iniciar-se o mais precocemente, visto o risco da doença no primeiro ano de vida. “Lactentes, crianças e adolescentes ainda não vacinados devem iniciar a vacinação com Meningite B assim que possível, respeitando-se o número de doses do esquema primário e os intervalos mínimos para cada faixa etária.”, orienta o infectologista Carlos Urbano G. Ferreira Jr.