A partir desta segunda-feira (6) entra em vigor as novas regras da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para partos nos planos de saúde. A nova medida tem como principal objetivo estimular os nascimentos normais e diminuir o número de cesarianas.
Os planos de saúde, atualmente, têm uma taxa de 85% de cesarianas contra 40% nas redes públicas, e a nova regulamentação visa alterar essa porcentagem.
Com as mudanças, a partir de hoje, para um médico aprovar a realização da cesariana na rede privada, o especialista deve obrigatoriamente preencher um documento confirmando se é realmente necessário a realização do procedimento invasivo.
Desta forma, será priorizado somente gestantes com complicações de saúde ou quando houver algum tipo de risco para a vida da criança.
De acordo com especialistas, cesáreas desnecessárias podem aumentar problemas respiratórios do bebê e os riscos de mortalidade da mãe.
Outra novidade polêmica da nova medida, é que as normas impedem a realização de cesáreas marcadas com antecedência, o que pode afastar muitos médicos dos planos de saúde.
Se a gestante de fato optar pela cesárea o médico deve encaminhar, junto a um relatório médico detalhado, um termo de consentimento livre e esclarecido assinado pela paciente. O ideal, no entanto, é que a solicitação ocorra na 39ª semana.
Porém, muitos médicos não fazem partos normais, e caso isso aconteça, a paciente deve entrar em contato com a operadora do seu plano de saúde, que poderá disponibilizar um profissional para realizar esse atendimento. Se isso não acontecer, a gestante pode enviar uma reclamação a ANS.
Com informações do Portal R7