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ES tem desempenho positivo em avaliação e conquista 1º lugar em Ciências e Leitura

Participaram da edição do ano passado 540 mil estudantes que, por amostragem, representam 29 milhões de alunos dos países participantes. A avaliação incluiu os 35 países-membros da OCDE

Apesar do resultado positivo no cenário capixaba, o Brasil teve a primeira queda em matemática desde 2003  Foto: Divulgação

O desempenho do Espírito Santo entre as unidades da federação no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2015 foi positivo. Segundo dados divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nesta terça-feira (6), o Estado conquistou o primeiro lugar em Ciências e Leitura e segundo em Matemática.

A Secretaria de Educação do Espírito Santo convocou uma coletiva para divulgar os resultados na manhã desta terça-feira.

Apesar do resultado positivo no cenário capixaba, o Brasil teve a primeira queda em matemática desde 2003 e ficou estacionado entre os piores desempenhos do programa. 

O Pisa mediu o conhecimento dos estudantes de 72 países em leitura, ciências e matemática. Nas três, a média dos estudantes brasileiros ficou abaixo da dos demais países. Em matemática, o país apresentou a primeira queda desde 2003, início da série histórica da avaliação.

Em ciências, a média do Brasil foi 401 pontos, enquanto a média dos países da OCDE foi 493. Em leitura, o país obteve 407 pontos, abaixo dos 493 pontos dos países-membros da OCDE e em matemática, o desempenho brasileiro foi de 377 contra 490 da OCDE.

De acordo com os critérios da organização, 30 pontos no Pisa equivalem a um ano de estudos. Isso significa que, em média, os estudantes brasileiros estão cerca de três anos atrás em ciências e leitura e mais de três anos em matemática.

O Pisa testa os conhecimentos de estudantes de 15 anos de idade em matemática, leitura e ciências. A avaliação é feita a cada três anos, e cada aplicação é focada em uma das áreas. Em 2015, o foco foi em ciências, que concentrou o maior número de questões da avaliação.

Participaram da edição do ano passado 540 mil estudantes que, por amostragem, representam 29 milhões de alunos dos países participantes. A avaliação incluiu os 35 países-membros da OCDE, além de economias parceiras, como o Brasil. No país, participaram 23.141 estudantes de 841 escolas. A maior parte deles (77%) estava matriculada no ensino médio, na rede estadual (73,8%), em escolas urbanas (95,4%).

Em matemática, o país teve uma trajetória positiva desde 2003, início da série histórica, quando obteve 356 pontos. Nas avaliações seguintes, obteve 370 em 2006 e 386, em 2009. Em 2012, o país atingiu 389 pontos. Houve uma elevação real de 21 pontos na média dos alunos no período de 2003 a 2012. Em 2015, no entanto, o país caiu para 377, o que significa um declínio de 11,4 pontos. Apesar de ser uma queda, pelos critérios da OCDE, não se trata de grande diferença.

Nas demais avaliações, o país está estagnado. Em ciências, a proficiência média do Brasil foi 390 em 2006; 405 em 2009; e 402 em 2012. As pontuações não apresentam diferenças estatísticas, segundo o relatório da OCDE, o que mostra que o país está estagnado. O mesmo ocorre em leitura. Em 2000, o país obteve 396; em 2003, 403; em 2006, 393; em 2009, 412 e em 2012, 407. Essas diferenças são consideradas insignificantes estatisticamente.

Ranking

Em comparação com os demais países, o Brasil ocupa a 63ª posição em ciências; a 59ª posição em leitura e a 65ª posição em matemática. O ranking considera 70 economias – foram excluídas a Malásia e o Cazaquistão, que não seguiram as mesmas regras de amostragem dos demais países, o que não permite a comparação.

No topo do ranking de ciências estão Cingapura (556), o Japão (538) e a Estônia (534). Em leitura estão Cingapura (535), Hong Kong (China), o Canadá (527) e a Finlândia (526). Em matemática, Cingapura também aparece em primeiro lugar, com 564 pontos, seguida de Hong Kong (548) e Macau (China), com 544 pontos. 

A OCDE pondera que as condições socioeconômica do Brasil e dos países da OCDE são diferentes. Enquanto no Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita considerado no estudo é de US$ 15,9 mil, a média da OCDE é de US$ 39,3 mil por habitante. Os países-membros da organização também investem mais por estudantes dos 6 aos 15 anos, US$ US$ 90,3 mil, enquanto no Brasil esse gasto é de menos da metade, 38,2 mil.

Outros países, no entanto, como a Colômbia, o México e o Uruguai gastam menos por estudante que o Brasil e tiveram um desempenho melhor em ciências – respectivamente, 416, 416 e 435 pontos. O Chile, que gasta o mesmo que o Brasil, também obteve uma pontuação maior, de 447.

Com informações da Agência Brasil.

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