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Escola e pais: uma parceria de sucesso

Apoio e diálogo são palavras-chaves para uma boa relação entre família e escola. Na prática, isso significa que a união entre famílias e escola é o melhor caminho

Pais e professores precisam falar a mesma língua Foto: ​Pedro Dias / Flikcr

A infância é a fase da vida em que o aprendizado é mais intenso. Uma gama de novos conhecimentos é lançada sobre a criança todos os dias, tanto em casa quanto na escola. Nesse contexto, os papéis que família e escola desempenham na educação das crianças se tornam complementares e a escola vira uma extensão do lar.

Esse é um assunto ainda pouco abordado nas famílias, mas é de suma importância a interação que a criança precisa viver entre suas duas “casas”. Diante disso, a pedagoga e proprietária da Creche Grão de Mostarda, Carolina Segrini, afirma que apoio e diálogo são palavras-chaves para uma boa relação entre família e escola. Na prática, isso quer dizer que as famílias devem reproduzir em casa os desafios escolares e se unir à escola na solução de problemas relativos aos filhos.

“A relação começa no dia em que a mãe, o pai ou um responsável entrega a criança pela primeira vez no portão. Muitos pais ainda veem essa fase da educação como assistencialismo ou favor, uma postura passiva de gratidão, o que leva a escola a ter de tomar decisões sozinhas. Isso é muito grave!”, alerta Carolina.

Durante muito tempo, as creches apenas cuidavam de bebês e crianças pequenas. Hoje, porém, elas não apenas cuidam, mas educam. “Desde cedo o bebê já é um ‘estudante’ curioso que pesquisa, organiza e assimila o conhecimento sobre o mundo, as pessoas e si mesmo. E ele faz isso com jogos e brincadeiras, mas precisa de segurança, amor e carinho para fazer bem”, orienta a pedagoga.

Primeira infância

Nos primeiros anos de vida, a aprendizagem e o desenvolvimento da criança estão ligados aos vínculos afetivos e emocionais que ela estabelece com quem cuida e dá a segurança que ela busca. Por isso, pais e professores precisam falar a mesma língua. Conversar com a educadora ao deixar a criança na escola, por exemplo, facilita o acompanhamento das etapas de desenvolvimento de filhos e ainda o ajuda a enfrentar melhor as inquietações e inseguranças tão comuns dessa fase. 

“Essa postura é especialmente importante no início do relacionamento, quando acontece o processo de adaptação da criança à rotina escolar. A instituição tem de estar preparada e sensibilizada para o fato de que, muitas vezes, a família, e não apenas a criança, precisa ser acolhida e amparada nesse momento”, explica a especialista.

Carolina cita um caso que aconteceu na Creche Grão de Mostarda e foi resolvido com diálogo entre pais e escola. “A mãe disse que a criança está na fase da birra para entrar na escola e, às vezes, reage com uma braveza enorme por quase nada. Isso incomodava a mãe, mas conversando com a coordenadora da escola, ela descobriu que essas manifestações de agressividade são comuns em coleguinhas da mesma faixa etária da criança, o que a deixou mais sossegada”.

A pedagoga afirmou que a mãe ficou mais feliz e satisfeita quando a coordenadora informou que a creche estava trabalhando na sala de aula através de atividades lúdicas, com os temas sobre “pirraças” e “agressividades”. “Realmente, depois de uma semana, tanto a creche Grão de Mostarda quanto a mãe perceberam um resultado maravilhoso quanto à criança. Mãe confiante, filhos confiantes! Participação é tudo e faz toda diferença”.

Serviço:

Grão de Mostarda Centro Educacional
Rua Quinze de Novembro, Praia da Costa, Vila Velha
Telefone: (27) 3035-3235