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Herdeiros de professoras vítimas de ataques em Aracruz vão receber abono

O valor será pago em dezembro aos profissionais do magistério estadual e o governo estendeu o pagamento aos herdeiros das vítimas do massacre ocorrido em 25 de novembro

Foto: Whatsapp / Folha Vitória

Em complemento ao anúncio do governador Renato Casagrande (PSB) ainda em novembro, acerca do abono salarial no valor de R$ 1,5 mil para os servidores do Estado, com destaque para os em exercício na Secretaria de Educação (Sedu), a Assembleia Legislativa do Espírito Santo anunciou, na manhã desta terça (20), a autorização para pagamento de R$ 7,2 mil em dezembro aos herdeiros das professoras assassinadas na Escola Estadual Primo Bitti, de Aracruz.

O valor será pago neste mês de dezembro aos profissionais do magistério estadual e o governo estendeu o pagamento aos herdeiros das vítimas do massacre ocorrido em 25 de novembro, quando um atirador invadiu a escola e mais um colégio particular de Coqueiral de Aracruz, no litoral norte do Espírito Santo.

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A bonificação de R$ 7.200 será dividida entre os eventuais herdeiros das professoras, observando-se as disposições do Código Civil sobre o Direito das Sucessões.

“Diante da excepcionalidade da trajetória profissional das professoras fatalmente vitimadas pela tragédia na EEEFM Primo Bitti, aliada ao fato da previsibilidade iminente do pagamento, faz-se importante e coerente conceder aos seus eventuais herdeiros o valor equivalente à bonificação extraordinária de 2022, paga aos servidores da Secretaria de Estado da Educação, no total de R$ 7.200”, justificou o governo.

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O projeto autoriza o Executivo a proceder com as alterações necessárias no Plano Plurianual (2020-23), na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual de 2022 para o cumprimento do pagamento.  

Relembre ataques

Duas escolas de Aracruz foram alvos de ataques na manhã de 25 de novembro. O atirador começou os ataques na Escola da Rede Estadual Primo Bitti e, em seguida, foi para o Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC).

Os ataques foram realizados por um adolescente de 16 anos, que foi apreendido na tarde do mesmo dia. Segundo a polícia, ele confessou o crime e disse que planejou os ataques por dois anos. O jovem é ex-aluno de uma das escolas.

O suspeito usou um carro modelo Renault Duster, cor dourada e com as placas cobertas, para se locomover entre as escolas. Primeiro, ele entrou na escola estadual, onde atirou contra professoras. Duas delas morreram no local e uma terceira morreu no hospital.

Em seguida, ele entrou no carro e se dirigiu para a escola particular, onde entrou correndo e efetuou diversos disparos. Uma adolescente morreu.

Para cometer o crime, o adolescente usou uma pistola .40, que pertence a um tenente da Polícia Militar, pai do jovem, e um revólver calibre 38, arma particular do policial.

O adolescente não terá o nome divulgado por ser menor de idade. No momento do ataque, ele usava roupa camuflada, uma máscara de caveira e um bracelete com o símbolo nazista.