Em duas semanas de racionamento, foram economizados 756 milhões de litros de água. O volume foi o suficiente para abastecer, por exemplo, 42 mil residências por um mês. Mas especialista defende que o racionamento deveria continuar. Durante a semana, a Cesan anunciou que o rodízio seria suspenso em parte da Grande Vitória.
Para o biólogo Danilo Camargo Santos, pelo fator educacional que a medida vinha exercendo na população, o racionamento deveria continuar.
“Poderia estender um pouco mais o racionamento, dar tempo dos rios encherem um pouco mais, aproveitando que está chovendo agora principalmente em toda a extensão dos rios”, disse.
Já o empresário Edinaldo Pinheiro da Rocha, que mora em Itacibá, no município de Cariacica, região abastecida pelo Rio Jucu, viu o racionamento de água chegar, passar e ir embora sem ficar um dia sequer com as torneiras secas. Resultado de cuidados que ele adotou há muitos anos.
“Há vinte anos que eu comecei a construir essa casa e nessa época eu já tinha esta preocupação com a água. Tanto é que, na fundação, eu já fiz uma cisterna”, disse.
Mesmo com a suspensão do rodízio, após 16 dias em vigor, o empresário e a família dele pretendem continuar economizando. A atitude é devido à incerteza com o futuro da água e o risco dela em um dia desaparecer.
“E as pessoas não têm essa consciência de que a água é um fluído da nossa vida e as pessoas ainda continuam jogando dejetos químicos nos rios não pensando no nosso futuro e no futuro das nossas gerações”.
Outro ponto que o biólogo Danilo Santos defende para a economia de água é a importância da realização de estudos que viabilizem maneiras de acumular a água excedente do rio, que se perderia no mar, no caso do Jucu.
“Aumentar, por exemplo, o tamanho da estação de tratamento de água ou investir em construção de caixas d’água de grande porte distribuídas ao longo das sessões de distribuição”.