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Espera por vagas em creches particulares pode levar mais de um ano na Grande Vitória

Creches particulares têm filas de espera até 2017. Mães vão às escolas em busca de reserva de vaga para bebês que ainda nem nasceram

Bebês aprendem palavras em inglês em creche Foto: Divulgação

Conseguir uma vaga em uma creche pública está cada vez mais difícil. O número de vagas disponibilizadas, em muitos municípios do Espírito Santo não é suficiente para o atendimento da demanda. Mas engana-se quem pensa que a realidade nas creches particulares seja mais fácil.

Mesmo em tempos de crise financeira, conseguir uma vaga na rede privada tem se transformado numa verdadeira gestação para os capixabas, que chegam a esperar até até nove meses pela matrícula. Foi o que aconteceu com o analista programador Marcos Timm Rossow, que começou a buscar uma creche para o filho Matheus, quando a esposa ainda estava com três meses de gravidez.

“Procuramos  quatro creches particulares que não tinham vagas, nem mesmo para o ano que vem. Até que conseguimos uma desistência para matriculá-lo”, contou Marcos.

A busca pela creche particular foi analisada pela família após a licença-maternidade da esposa de Marcos vencer. O casal priorizou creches que estivessem mais perto de casa e ficou surpreso com o leque de benefícios oferecidos pelas instituições atualmente, que incluem nutricionistas, pediatras, aulas de música, teatro, judô, balé, culinária, artes, e até mesmo interação com os bebês em inglês.

Outra novidade das creches é o videomonitoramento, por meio do qual os pais podem acompanhar toda a rotina dos filhos durante o dia por computador ou smartphone.

Em uma das creches pesquisadas pelo Folha Vitória na capital capixaba, as crianças são aceitas a partir dos quatro meses de vida, e podem cursar até o ensino médio na instituição. No entanto, há listas de espera por vagas para até 2017, afirmou a diretora Vera Zanol Santos Neves. “Nas turmas de um ano e dois anos é preciso esperar, não há vagas. Temos mães que estão pensando em engravidar e já reservam vagas para seus filhos”.

Já em Vila Velha, em uma instituição na qual as crianças são estimuladas desde o berçário a educação bilíngue, a espera chega a seis meses. “Temos espera de até seis meses, os pais vêm conhecer o local, gostam e reservam tudo com antecedência”, contou Jacqueline de Souza, que é coordenadora pedagógica.