O Espírito Santo apresentou o maior índice de desigualdade na comparação da população brasileira, segundo o critério de cor ou raça. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta-feira (5), a taxa de desocupação dos pretos ou pardos supera a dos brancos em 6,9 pontos percentuais.
A pesquisa destaca que, embora a população branca seja mais escolarizada do que a população preta ou parda, o aspecto não pode ser apontado como explicação para o resultado, já que quando comparadas pessoas pretas ou pardas e pessoas brancas, com o mesmo nível de instrução, a taxa de desocupação é sempre maior para os pretos ou pardos.
O estudo mostrou ainda que entre os estados brasileiros, o Espírito Santo faz parte do grupo que apresentou uma baixa proporção de pobres e ocupa a última posição na lista das unidades da federação com menores percentuais de pessoas com rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 5,5 ou R$ 406 mensais pela paridade de poder de compra.
Em contrapartida, os estados do Maranhão e Alagoas apresentaram a maior proporção de pobres, com 54,1% e 48,9%, respectivamente. Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT) foram as duas únicas capitais onde o contingente de pessoas que ganham menos de R$ 406 por mês superava a dos respectivos estados: em Porto Velho era 27%, contra 26,1% em Rondônia; em Cuiabá, 19,2%, contra 17,1% em Mato Grosso.
Extrema pobreza
O estudo também mostrou que o número de pessoas na faixa de extrema pobreza no Brasil aumentou de 6,6% da população em 2016 para 7,4% em 2017, ao passar de 13,5 milhões para 15,2 milhões. De acordo com definição do Banco Mundial, são pessoas com renda inferior a US$ 1,90 por dia ou R$ 140 por mês. Segundo o IBGE, o crescimento do percentual nessa faixa subiu em todo o país, com exceção da região norte, onde ficou estável.