De acordo com dados da “Geosp Assessoria Ambiental”, e da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), mais de 2 mil queimadas foram registradas no Espírito Santo nos sete primeiros meses de 2019. Um aumento de 193% no número de ocorrências em relação a 2018, que teve 705 casos.
Somente no mês de janeiro de 2019 foram registradas 624 queimadas. Um aumento 172% em relação a janeiro de 2018, que teve 229 ocorrências.
O número total de queimadas no Espírito Santo entre janeiro e dezembro, segundo dados de 2018, foi de 1538. Isto é, em sete meses o estado já ultrapassou a preocupante marca. Até então, o maior número de ocorrências foi registrado em 2015: 3608 casos.
O presidente do Instituto Últimos Refúgios, Leonardo Merçon, explica que o carbono armazenado na vegetação é liberado para a atmosfera quando acontece a queimada. Com isso, o primeiro impacto sentido pela destruição da natureza é o aumento da temperatura média.
Impacto das queimadas na Amazônia
As queimadas na região amazônica podem impactar não só na estabilidade do clima em todo o planeta, como afetar diretamente o Espírito Santo. É o que afirma o ambientalista Thiago Ferrari.
Thiago revela que a situação ocorrida em São Paulo na última quarta-feira (21), quando a capital “escureceu” às três da tarde e registrou uma chuva escura, repleta de partículas de fuligem vindas da região amazônica, pode acontecer no Espírito Santo.
Entre janeiro e o último dia 18, segundo o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram identificados 66 mil pontos de queimadas na Amazônia. Um aumento de 70% se comparado ao mesmo período de 2018. Esse é o maior índice já registrado pelo instituto deste 2013, quando a apuração começou a ser realizada.
A Amazônia representa 1/3 das florestas tropicais de todo o mundo, e possui mais da metade da biodiversidade da terra.
Confira a matéria do Jornal da TV Vitória