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Esposa de ciclista que morreu atropelado pede prudência no trânsito: 'Meu marido foi mais uma vítima'

Ricardo Duque atravessava em um semáforo da Reta da Penha quando foi atingido por um veículo em alta velocidade

Foto: Reprodução

Saudade e um vazio no peito! Esses são os sentimentos que ficaram para a família do cinegrafista Ricardo Duque, de 50 anos. Ele morreu na manhã de terça-feira (21), após ser atropelado na Avenida Nossa Senhora da Penha, na região do bairro Santa Lúcia, em Vitória. 

Emocionada, Elisângela Cristo Siqueira conta que o marido sempre foi para ao trabalho de moto, mas há pouco tempo passou por exames de rotina e recebeu a orientação dos médicos para fazer atividades físicas. Ricardo decidiu começar a utilizar a bicicleta como meio de transporte.

Na madrugada de terça, ao seguir para o trabalho, uma fatalidade interrompeu a vida de Ricardo. Ele atravessava a avenida quando foi atingido por um veículo em alta velocidade. Imagens de videomonitoramento registraram o acidente.  O sinal tinha acabado de fechar para os veículos e abrir para os pedestres. 

A notícia da morte do marido foi recebida como um choque. “Quando eu sai do banho, a campainha tocou. Era equipe com quem ele trabalhava. Eles disseram que ele tinha morrido, que não deu tempo para socorre ele”, contou. 

Além da esposa, ele deixou dois filhos e muita saudade. “A falta que fica, por se um pai, companheiro, o alicerce da casa. Ele era tudo para gente!”, afirmou a esposa emocionada. 

Elisângela pede que justiça seja feita e alerta outras pessoas para que redobrem a atenção no trânsito. “Peço para que as pessoas se conscientizem diante do trânsito para que não aconteça com outras pessoas. Álcool e direção não é bom, nem velocidade. Agora, eu preciso que a Justiça veja isso por outro lado, pelo lado de quem perde alguém. O meu marido foi mais uma vítima”, disse. 

Ricardo trabalhava como cinegrafista há mais de 20 anos. Ele trabalhou em emissoras de televisão e, atualmente, trabalhava em transmissões de uma igreja. Duque, como gostava de ser chamado, era muito querido por todos. Um homem brincalhão que alegrava a todos quando estava perto, sempre sorrindo. Ele morreu poucos metros do local de trabalho. Alguns colegas acompanhavam o atendimento da ocorrência sem acreditar no que estava acontecendo.

Em nota, a Polícia Civil informou que o motorista do carro chegou a ser levado para Delegacia Regional de Vitória, mas não foi preso em flagrante, porque prestou socorro à vitima. O condutor passou pelo teste do bafômetro que registrou 0,10 mg/l, quantidade que, para a polícia, não configura crime. Para ser considerado delito, a quantidade de álcool no sangue deve ser superior a 0,34 mg/l. 

*Com informações da repórter da TV Vitória/Record TV, Milena Martins. 

Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória
Gabriel Barros Produtor web
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Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Ufes. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.