Com o atual cenário econômico enfrentado pelo pais, no qual elevada quantidade de empresas estão fechando suas portas, é cada vez maior a taxa de desemprego entre os brasileiros.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente no primeiro trimestre deste ano, mais de 11 milhões de pessoas perderam seus postos de trabalho no país. A taxa é a maior taxa registrada desde 2012, quando teve início a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
A preocupação com o mercado de trabalho, que está cada vez mais disputado, se intensifica e a busca pela qualificação também aumenta. Graduação? Pós-graduação? Cursos técnicos? As dúvidas sobre quais caminhos percorrer surgem e a ansiedade para conquistar uma vaga pode trazer prejuízos aos candidatos.
Antes de pensar nas formas de aperfeiçoar o conhecimento é preciso levar em consideração a saúde psicológica, para iniciar um planejamento com mais calma e sabedoria. Para a psicóloga e recrutadora da Psicoespaço, Riviane Damásio, os profissionais precisam levar em consideração o atual cenário econômico do Brasil.
“A pessoa tem que trabalhar muito o lado emocional. A primeira coisa é entender que o desemprego não é uma situação pessoal ou incompetência, mas que tem a ver com atual situação econômica do país. Os profissionais dos mais variados níveis hierárquicos foram afetados. A pessoa tem que entender que ela não é a única punida, e que muitas pessoas também estão vivendo essa situação”, explica.
A especialista alerta que um erro comum é perder alguns contatos quando está trabalhando e não renovar o network (rede de contatos). Além de se qualificar, o profissional deve dedicar uma atenção especial aos cuidados com a saúde e corpo. “Um erro muito comum é que a pessoa, quando está empregada, acaba se afastando de amigos, pessoas da faculdade ou pós-graduação. Esses contatos precisam ser mantidos e, se estiverem perdidos, a pessoa deve retomá-los. Também não pode deixar de fazer a atividade física, que além de ajudar no aspecto da saúde, acaba aliviando a tensão e controlando a ansiedade. Outro ponto é que esse profissional deve se atualizar na área, e se tiver condições financeiras, fazer cursos, conhecer outras pessoas e atualizar ainda mais o network. Se for viável financeiramente, ele pode buscar consultoria de Recursos Humanos, fazer um mapeamento das competências para ter autoconhecimento, sabendo quais ele pode desenvolver ou fortalecer”, esclarece Riviane.
A distribuição de currículos sem um objetivo traçado também deve ser evitada. A psicóloga afirma que o profissional deve ter a mente mais aberta às novas oportunidades, mas não pode querer se encaixar em todas as vagas, sem saber o que deseja especificamente para o futuro.
“A pessoa deve tentar abrir mais o leque e não se engessar. Se você está desempregado, pode buscar outros caminhos. Se não está conseguindo emprego agora, tenta fazer um freenlancer enquanto isso. O profissional tem que entender que esse momento vai passar e, enquanto isso, buscar se qualificar porque cada dia mais o mercado está concorrido. Os melhores sempre estarão um passo a frente e vão se destacar. É preciso ter um foco, ações alternativas, rever orçamento, redirecionar finanças e se qualificar”, conta.
Anote as dicas!
– Cuidar da saúde mental e física
– Atualizar network
– Qualificação
– Rever e redistribuir finanças
– Ter foco e traçar objetivos