A necessidade dos capixabas manterem o isolamento social como prevenção ao novo coronavírus é um alerta constante e ressaltada pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, em coletiva na manhã desta terça-feira (5).
“Estamos em um mês crítico e a população precisa ficar em casa. É preciso restringir a mobilidade. Sem esse isolamento não será possível conter a cadeia de transmissão, principalmente nos municípios que já estão em sinal vermelho”, afirmou o secretário.
De acordo com ele, o percentual ideal de isolamento social seria acima de 55 %, o que não é a atual realidade. “Para que isso ocorra é preciso a ajuda da sociedade. As pessoas precisam ter consciência e se distanciar uns dos outros. O pico da nossa curva pode ter um platô maior em junho e julho. O maior indicador de redução da curva é a queda de casos e mortes durante 14 dias e, para alcançarmos isso, é preciso ficar em casa”.
LEITOS
Sobre a ampliação da quantidade de leitos de enfermaria e UTI no Espírito Santo, o secretário afirmou que a projeção é que, até o final do mês de maio, esse número chegue a 1300, espalhados em vários municípios do estado. “Podemos chegar até 1400 nos meses seguintes. Essa expansão não interfere no atendimento aos pacientes de outras doenças”, disse.
TENDAS DE CAMPANHA
Ainda sobre este assunto, Nésio Fernandes informou que o estado vai acoplar tendas de campanha às Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Grande Vitória, além de municípios do interior, como São Mateus, Colatina e Linhares. Segundo ele, o estado ainda negocia a compra de 200 respiradores, além de ventiladores que estão em processo de finalização de compra.
O secretário ainda falou sobre o alinhamento das estratégias de combate à doença pelo Espírito Santo e o Brasil. Ele acredita que as decisões a nível nacional podem impactar diretamente nas estratégias no estado capixaba. “Se o país colapsar, o Espírito Santo vai colapsar junto. Parte da estratégia capixaba exige que a estratégia nacional seja acertada e é preciso assumir o caminho dos próximos 15 dias, para o enfrentamento da pandemia. Isso precisa acontecer, sob o risco de comprometer toda a estratégia dos estados”, afirmou.