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Estamos no futuro: eletricidade como combustível e casas inteligentes são realidade

Bicicletas, patinetes e monociclos elétricas são novas opções de locomover. Casas sustentáveis e automatizadas também são apostas desta nova era.

Carros, motos e outros veículos movido a combustíveis fósseis parecem estar com os dias contados. Segundo o Greenpeace – organização global que busca proteger o meio ambiente -, essas fontes de energia causam sérios impactos, como a emissão de gases poluentes, que aceleram o aquecimento global e afetam a saúde das pessoas em função da péssima qualidade do ar, e até mesmo o desequilíbrio da vida marinha.

Veículos sustentáveis é mais do que uma escolha, mas uma necessidade. Tanto que, ainda em 2017, a China, que possui o maior mercado automotivo mundial, já anunciava que se preparava para proibir a venda de carros movidos a combustíveis fósseis até 2030. E ela não é a única a tomar essa decisão. Segundo informações da BBC Brasil, a França e o Reino Unido anunciaram o fim da venda de carros novos a diesel e gasolina até 2040; na Áustria, isso pode acontecer já no próximo ano; para a Noruega, o prazo previsto é 2025.

A solução para esse problema está nas fontes de energias renováveis, que usam matérias-primas de recursos que não se esgotam, como o sol e o vento, e que não poluem o planeta.

O futuro está na eletricidade

Foto: VixFly Drones
Bicicleta, patinete e monociclo elétricos são as promessas para a mobilidade urbana

No início deste ano Vitória recebeu a primeira leva de patinetes elétricos do Estado. Dias depois, frota renovada: novos 100 patinetes. Rapidamente eles se tornaram uma sensação e a capital recebeu mais equipamentos e a vinda de uma segunda empresa. Em agosto, Vila Velha também passou a contar com patinetes espalhados por toda a cidade. 

Para alguns, a inovação pode ter passado despercebido, mas, para aqueles que se atentaram, não há como negar: o mundo está se preparando para a mudança da mobilidade urbana. Bicicletas elétricas, patinetes elétricos, patins elétricos e monociclos elétricos não mais representam o “futuro”. Eles são realidades e vieram para ficar.

As pessoas perceberam que elas podem mudar o seu meio de transporte, tanto por causa das pequenas distâncias percorridas, quanto pela economia que de forma significativa é sentida no bolso! Além, claro, de facilitar o dia-a-dia de diferentes formas. “Na Grande Vitória os municípios ficam muito perto um do outro. Você anda cerca de 20 quilômetros e já se encontra em outra cidade. As vias são largas, possuem ciclovias espalhadas nas importantes avenidas, além da facilidade de não precisar enfrentar trânsito, procurar vaga de estacionamento e não precisar de habilitação para usar um equipamento elétrico para se locomover”, explica Cleferson Comarela Barbosa, diretor da VixFly Drones, loja que vende patinetes, bicicletas, patins e monociclos elétricos.

Foto: VixFly Drones
Bruno César Silva Moretto Pereira com o seu monociclo

Quem resolveu trocar o carro pelo monociclo elétrico foi Bruno César Silva Moretto Pereira, supervisor de operação. “Tenho o meu monociclo há três anos. Na época, comprei por curiosidade e demorei alguns dias para aprender a usá-lo. Mas, depois que consegui subir e ficar em cima dele, nunca mais desci”, conta aos risos. Pereira disse que o equipamento é usado para fazer compras pequenas, ir à academia e dar uma volta na orla, por exemplo. A próxima aquisição será uma bicicleta elétrica para a esposa, que se animou vendo o marido e agora quer acompanhá-lo nos passeios.

Somente no ano de 2018, a Aliança Bike – associação brasileira do setor de bicicletas – contabilizou 31 mil bicicletas elétricas vendidas no país. Surpreendente? Sim, mas o crescimento não para por aí. Para 2022 há uma projeção de venda de 220 mil unidades, representando 6,6% do mercado total de duas rodas. 

Dependendo do modelo escolhido, existem patins elétricos que saem por volta de R$ 1.500 reais, enquanto patinetes e bicicletas elétricas pode custar R$ 5 mil reais. Além de todos eles serem recarregáveis, equipamentos mais simples possuem autonomia para andar cerca de 30 quilômetros, enquanto outros, que se assemelham à motos (e, neste caso, precisam ser emplacados) conseguem percorrer uma distância de 80 quilômetros com uma velocidade de 70 km/h.

Foto: VixFly Drones
Bruno César Silva Moretto Pereira com o patinete elétrico

“O céu é o limite! A linha de elétrico é voltada para a mobilidade urbana. Por isso, existem equipamentos mais simples e outros mais robustos, o que vai depender do objetivo de quem for adquiri-lo”, explica Rafael Coelho, diretor técnico da VixFly Drones, que não hesita ao dizer: o futuro é elétrico. “A facilidade do custo-benefício e a preservação do meio ambiente permite uma economia para o bolso das pessoas e uma maior qualidade de vida, que cada vez mais têm se tornado uma prioridade para a população”.

Coelho explica que alguns modelos de bicicleta possuem um pedal assistido, podendo ser uma opção para a prática de esporte. “Trata-se de equipamentos portáveis, em que você consegue dobrá-los e guarda-los com facilidade. É só levantá-lo do chão e entrar em qualquer estabelecimento. Um monociclo, por exemplo, parece uma mala de mão”, explica.

Sobre o uso de equipamentos elétricos como forma de mobilidade urbana, Coelho fala sobre a proposta da ‘última milha‘. Entenda:

Além de mudar a forma como nos locomovemos, outra necessidade é mudar a forma como nos relacionamos com os espaços que convivemos. “Os recursos naturais são escassos”, é o que afirma a Organização Mundial do Comércio (OMC) em seu relatório World Trade Report – Natural Resources. Não dá mais para usá-los como se eles não teriam fim.

Os incêndios na Amazônia, por exemplo, que no último mês teve o maior número de focos de queimadas registradas, despertou a atenção do mundo para as crises ambientais enfrentadas. “Precisamos fazer muito mais do que fizemos no passado. Vimos os incêndios no Ártico, vimos os incêndios na República Democrática do Congo e em outras áreas da África”, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, no último mês.

Ou seja, se esses recursos naturais continuarem a ser usados de forma excessiva, eles terminarão e teremos grandes problemas. E é com esse ideal que Vila Velha se prepara para receber um edifício sustentável, mas sem perder o conforto e a comodidade proporcionada pelo avanço tecnológico proporcionado pela Quarta Revolução Industrial.

Casa sustentável e inteligente proporciona economia e conforto

Foto: Google Images
Automação permite controle de toda a casa por meio de celulares e tablets

A casa inteligente, mais que uma tendência, é uma demanda da sociedade, segundo Dionathan Rodrigues, diretor da Dr. Engenharia, construtora capixaba que aposta no diferencial ao oferecer obras de alto padrão, que unem a sustentabilidade e a tecnologia. “Esse é um caminho sem volta. A sustentabilidade deve ser uma busca de todos para que possamos continuar vivendo no planeta. E para nós, do ramo da construção civil, precisamos nos antecipar e oferecer desde já essa possibilidade para o nosso cliente”, explica.

Foto: Dr. Engenharia

Sensores de presença em ambientes compartilhados, utilização de energia solar fotovoltaica para o aquecimento da água do chuveiro e das áreas comuns e captação da água da chuva para utilizar em ar condicionados e na limpeza do prédio são algumas medidas que, além de tornar o espaço sustentável, proporciona economia de energia para o morador. “Apenas no apartamento, a economia gira em torno de 50% na conta pessoal do condômino. Mas, como buscamos ter um custo zero para as áreas comuns do empreendimento, isso também vai significar economia nas taxas condominiais”, conta.

Foto: Dr. Engenharia

Outra inovação do espaço é a pré-disposição na garagem para o carregamento de carros elétricos. Isso porque, para Rodrigues, em breve os carros elétricos vão estar circulando pelas cidades capixabas e por isso ele prefere se antecipar. “A pré-disposição significa que o morador que possuir um carro automático vai poder pedir a instalação do seu medidor individual na garagem, de acordo com a tomada do seu carro”, explica.

Sobre a necessidade de poupar o meio ambiente, Dionathan Rodrigues fala sobre o assunto. Escute:

Foto: Dr. Engenharia
Biometria traz mais segurança para moradores

Ao mesmo passo que o avanço tecnológico permite poupar recursos naturais, ele também torna possível proporcionar ainda mais conforto por meio das casas inteligentes. Biometrias para acessar o prédio e os apartamentos, automatização dos espaços comuns e particulares (sim, de fora da casa é possível controlar pelo celular a iluminação, o ar condicionado e até mesmo a cortina dentro do apartamento) e tomadas USB em todas as áreas do prédio tornam a vida desse morador mais confortável. “Na era da personalização, o consumidor não deseja encontrar no mercado os mesmos produtos que já está acostumado. Então, se uma empresa deseja vender, é necessário que ela inove!”, garante Rodrigues.