O irmão de Jesus Campos Gonçalves, de 46 anos, acusado de assassinar uma cobradora e um motorista, dentro de um ônibus do sistema Transcol, acredita que o motivo do crime teria sido motivado por fofoca. De acordo com Elias Campos Gonçalves, o açougueiro amava muito a companheira e era uma pessoa boa.
“Ele sempre foi muito prestativo, brincalhão. Era uma pessoa muito boa. Foi um choque muito grande quando isso que aconteceu. Todo mundo está muito abalado e sofrendo muito. É difícil de acreditar”, contou o irmão.
Ainda segundo Elias, o comportamento de Jesus pegou a família de surpresa. “Eu acredito que o estopim para isso tudo foi uma fofoca de pessoas que comentavam o fato dela [a cobradora] voltar muito tarde para casa com um motorista, de estar sozinha no ônibus. Eu não acredito que haja nada, além disso. Ele tinha dois filhos, que estão muito abalados”, afirmou.
Imagens do circuito de segurança registraram o suposto ataque de ciúme de Jesus no ônibus da linha 704, perto do ponto final de Flxeal II, em Cariacica. Primeiro, ele atira e mata a cobradora, Lívia Gomes Bernardino, de 24 anos, de quem ele estava separado há um mês. Depois, o açougueiro mata o motorista, Geraldo da Silva Gomes, de 32 anos. Em seguida, o alvo do atirador foi Fabio Dutra de Almeida, o Fabinho, de 27 anos. Ele se fingiu de morto para sobreviver.
Viúva descarta relacionamento do marido e cobradora
A família do motorista de ônibus, assassinado na madrugada do último sábado (14), não acredita no que aconteceu. De acordo com a viúva do motorista, que estava grávida de oito meses e com quem ele tinha uma filha de seis anos, o atirador conhecia Geraldo. “O marido dela conhecia o meu esposo. Levava lanche no ônibus para ele. Eu não sei porque ele fez isso com meu esposo. Eu tenho certeza de que a relação dele com ela [a cobradora] era apenas de amizade. Ele não tinha nada com ela”, afirma a viúva.
“Ele renasceu”, diz mãe de passageiro
O jovem, que foi baleado junto com uma cobradora e um motorista, dentro de um ônibus do Sistema Transcol, no bairro Flexal II, em Cariacica, conversou com exclusividade com a equipe do Balanço Geral, da TV Vitória/Record, e falou sobre os momentos de pânico. “Uma experiência que eu não quero nem para o meu pior inimigo. Quando eu vi que ele já havia matado os dois pensei que seria o próximo”, contou Fábio Dutra de Almeida.