Desde a manhã desta segunda-feira (1º), um grupo de ribeirinhos e pescadores atingidos pela lama de rejeitos de minério da Vale, no rompimento da barragem em Mariana em 2015, ocupa a estrada de ferro Vitória-Minas.
Eles reivindicam a contratação imediata de uma assessoria técnica pela mineradora, pedido que aguardam desde dezembro de 2018.
Segundo o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a assessoria é fundamental para que os pedidos dos ribeirinhos tenham respaldo e sejam formalizados da forma correta. Os manifestantes, vindos das regiões atingidas pelo crime da Vale/Samarco/BHP em Mariana, no Rio Doce, continuam na linha de trem à espera de algum posicionamento da empresa.
Em nota, o MAB afirmou que “é de conhecimento notório as responsabilidades da Vale sobre o crime e sobre suas consequências, da mesma forma que é de conhecimento da Vale que as tratativas relacionadas à contratação da Assessoria Técnica demandam das 3 empresas responsáveis pelo crime (Vale, Samarco e BHP). É importante que eles, responsáveis pelo crime e por todas as formas de reparação, não criem obstáculos para a contratação da Assessoria Técnica e que disponham de todos os esforços necessários para a sua pronta execução. Desta forma é um desrespeito e uma subestimação aos atingidos que a Vale se desprenda dessa responsabilidade e atribua ao Fundo Brasil as nossas exigências”.
Por meio de nota, a Vale informou que a contratação de assessorias técnicas, será custeada pela Fundação Renova, criada para gerir e executar os programas e ações de reparação e indenização às pessoas afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão.