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Estudantes de medicina de sete países da Europa e América Central estão no Estado realizando um intercâmbio para aprender um pouco mais sobre a medicina capixaba. Uma troca de experiências importante não só para eles, mas também para os estudantes daqui conhecerem um pouco da realidade de outros países.
“A gente consegue aprender com eles como é diferente a questão da saúde lá fora, aprender as diferenças e como melhorar a saúde aqui”, explica a estudante brasileira Fernanda Lubi.
A vinda dos estudantes é feita por meio da Federação Internacional de Medicina e o estágio é obrigatório durante as férias para eles. Os 17 estudantes irão permanecer no Espírito Santo pelo período de um mês, adquirindo um aprendizado que levarão para a vida toda.
É com muita atenção que os estudantes intercambistas de medicina acompanham o atendimento dos médicos na Santa Casa de Misericórdia de Vitória. O trabalho do especialista é traduzido para que todos possam saber exatamente o que se passa com o paciente e qual será o diagnóstico e o tratamento indicado pelo profissional.
A universitária inglesa Faye Onaboye estuda em Malta e está no Espírito Santo há uma semana. Disse que antes de vir ao Brasil pensava que iria encontrar uma situação muito precária da saúde, mas até se impressionou com o que viu, já que no hospital pode acompanhar até procedimentos cirúrgicos com bons equipamentos.
Os estudantes de países como Itália, Egito, França e Polônia também visitam as enfermarias e conferem de perto a realidade da saúde no hospital Santa Casa. O intercambista italiano Domenico diz que a principal diferença entre a saúde daqui e a de seu país é que na Itália pacientes com doenças do coração recebem todo tratamento inclusive cirúrgico de graça, diferente do Brasil.
Rudolf Schreiber, filho de uma brasileira com um alemão está conhecendo pela primeira vez a realidade da saúde do país. O principal aprendizado foi sobre como diagnosticar novas doenças, não tão comuns na Europa. “Tuberculose, HIV, essas coisas que quase não tem lá, vou aprender a forma de tratamento e será muito bom para levar para lá”, explica o estudante.