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EUA/Mnuchin: queremos apoio bipartidário para novo pacote

O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, afirmou nesta quinta-feira, 23, que o novo pacote de ajuda à economia dos Estados Unidos está em negociação. Segundo ele, a Casa Branca busca apoio bipartidário à iniciativa, apesar de relatos na imprensa americana de divergências entre membros da própria situação do Partido Republicano e também com a oposição democrata. Além disso, Mnuchin comentou que pode haver mais leis para apoiar o quadro adiante, se preciso.

As declarações foram dadas durante entrevista à emissora CNBC. “O presidente quer fazer pagamentos diretos aos americanos”, detalhou sobre o atual pacote em negociação. Segundo ele, os benefícios de auxílio-desemprego devem continuar, mas em nível menor do que o atual – hoje ele está em US$ 600 por semana. “Crianças e empregos são a prioridade para o pacote de ajuda”, disse, no momento em que o presidente Donald Trump tem pressionado para reabrir as escolas no outono local. O secretário disse que o governo deseja garantir também que empresas e outros agentes não sejam processados por questões relacionadas à covid-19.

Mnuchin informou que a nova rodada de estímulos preverá US$ 16 bilhões para testes para covid-19. De acordo com a autoridade, os EUA reabrem sua economia com segurança. O secretário admitiu que há regiões mais problemáticas, mas destacou que em outras o quadro é mais controlado, como em Nova York. “A hora de agir é agora”, comentou sobre os estímulos, lembrando que o perfil da dívida americana permite que o país tenha “bastante tempo” para acertar essa conta.

A expectativa é que o pacote atual não tenha ajuda para Estados e cidades. Segundo Mnuchin, não seria razoável socorrer Estados que se saíram mal na estratégia para o combate à pandemia.

Sobre o mercado acionário, ele comentou que “há algumas valorizações de ações que as pessoas podem questionar”. Sobre o câmbio, ele disse que o país deseja um dólar estável e notou que há muito capital interessado em ir para os EUA, mas que não comentaria a perspectiva para a moeda no curto prazo.