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"Evangelista do jejum": homem corta 5 alimentos tóxicos para viver 130 anos

Pesquisador italiano Valter Longo tem uma obsessão em estudos sobre longevidade humana. Ele abandonou sua carreira de músico para mergulhar em bioquímica

Foto: Reprodução/Instagram/Divulgação UOL

Desde jovem, o pesquisador italiano Valter Longo, de 56 anos, tem uma obsessão em estudos sobre longevidade humana. Ele abandonou sua carreira de músico para mergulhar em uma formação em bioquímica, movido por essa paixão.

Valter quer viver até os 130 anos e, por isso, constantemente pesquisa sobre a relaçao entre alimentação e envelhecimento. Ele desenvolveu uma dieta que promete “manter a juventude até o fim da vida”, conforme relatou ao The New York Times. As informações são do portal UOL.

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No Instituto de Oncologia de Milão (Ifom), Valter Longo lidera um laboratório dedicado à pesquisa dos genes que controlam o processo de envelhecimento do corpo humano, além de desenvolver uma dieta com base em plantas e nozes.

De acordo com o pesquisador em sua entrevista ao Times, essa alimentação imita os efeitos do jejum por meio da ingestão regular de suplementos e biscoitos de couve. Ele afirma que essa dieta permite que as células eliminem toxinas prejudiciais e se rejuvenesçam, sem os efeitos da fome.

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Em março, Valter divulgou um estudo clínico realizado com centenas de idosos na Itália. Segundo ele, os resultados indicam que períodos curtos com a dieta de “jejum simulado” podem reduzir a idade biológica e ajudar a prevenir doenças relacionadas ao envelhecimento.

Valter também é professor de gerontologia e diretor do Instituto de Longevidade da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos.

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Ele patenteou e comercializou seus kits de dieta em todo o mundo, é autor do livro “A Dieta da Longevidade” e foi reconhecido pela revista Time como um influente “evangelista do jejum”.

• INSPIRAÇÃO NA JUVENTUDE

Desde a adolescência, o pesquisador italiano tem sido fascinado pelos segredos do envelhecimento. Ele cresceu em Gênova, no noroeste da Itália, e passava os verões em Molochio, na Calábria, uma região conhecida por ter muitos centenários.

Aos 16 anos, Valter mudou-se para Chicago para viver com parentes. Lá, ele notou que seus tios e tias, que seguiam a “dieta de Chicago”, rica em salsichas e refrigerantes, sofriam de diabetes e doenças cardiovasculares, uma realidade muito diferente daquela de seus parentes na Calábria.

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Após abandonar sua faculdade de música e sua banda de rock, Valter concentrou-se em sua outra paixão: o envelhecimento.

Anos mais tarde, com um doutorado em bioquímica pela Universidade da Califórnia e um pós-doutorado em neurobiologia do envelhecimento pela Universidade do Sul da Califórnia, ele retornou à Itália.

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Valter assumiu um cargo no instituto de câncer em Milão e encontrou inspiração na dieta rica em peixes de Gênova e nos abundantes vegetais da Calábria.

Contudo, o pesquisador também enxerga a dieta moderna italiana como uma fonte de doenças, com carnes curadas, lasanhas gordurosas e legumes fritos.

• DIETA “TÓXICA”

Embora a Itália tenha uma das populações mais idosas do mundo e seja considerada um paraíso para pesquisadores do envelhecimento, Valter Longo observa que “quase ninguém segue a dieta mediterrânea” no país atualmente.

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Ele aponta que muitas crianças italianas estão enfrentando problemas de obesidade devido ao consumo excessivo dos chamados “cinco P’s tóxicos”: pizza, macarrão (pasta), proteína, batata (patata) e pão.

“Lamento que a Itália tenha uma história e uma abundância de informações sobre o envelhecimento, mas praticamente não invista na pesquisa desse processo”, critica a escassez de investimentos em pesquisa no país.

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Ele expressa seu compromisso em prolongar a juventude, mas ressalta que seu objetivo vai além de simplesmente estender a vida: ele busca criar um ambiente que promova uma “existência plena”.

“Meu objetivo é viver até os 120, 130 anos. Isso nos deixa preocupados atualmente, porque muita gente afirma: ‘Claro, todo mundo deveria alcançar pelo menos os cem.’ Mas não compreende como é desafiador chegar a essa marca”, disse Valter Longo, ao The New York Times.

ESTUDO REVELA QUAIS OS 10 ALIMENTOS MAIS SAUDÁVEIS DO MUNDO; VEJA

Foto: Reprodução / Divulgação

Para chegar a essa conclusão, os especialistas estabeleceram uma classificação de densidade nutricional dos alimentos, considerando a presença de 17 nutrientes essenciais, como potássio, fibra, proteína e vitaminas, a cada 100 kcal de verduras cruas, pois a forma de preparo pode afetar o conteúdo nutricional.

Os alimentos que pontuaram 10 ou mais foram classificados como “Powerhouse Fruits and Vegetables” (PFV), ou seja, frutas e vegetais poderosos, seguindo os padrões oficiais da Food and Drug Administration (FDA).

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O agrião lidera a lista, com uma classificação de 100, seguido pelo repolho chinês, que alcançou 91,99 pontos. De um total de 47 alimentos analisados, apenas seis não atenderam aos critérios de potência, incluindo framboesa, tangerina, cranberry, alho, cebola e mirtilo.

Aqui estão os 10 vegetais mais saudáveis do mundo, juntamente com suas pontuações:

Agrião: 100
Repolho Chinês: 91,99
Acelga: 89,27
Beterraba verde: 87,08
Espinafre: 86,43
Chicória: 73,36
Alface: 70,73
Salsinha: 65,59
Alface Romana: 63,48
Couve: 62,49

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