Washington – O ex-diretor da CIA e general das Forças Armadas dos Estados Unidos David Petraeus se declarou culpado por ter dividido uma série de informações confidenciais com sua ex-amante, enquanto liderava a agência de espionagem norte-americana.
De acordo com os promotores do caso, enquanto sua ex-amante, a escritora Paula Broadwell, escrevia sua biografia, o ex-diretor da CIA compartilhou informações de seu diário e de sua agenda que continham, inclusive, notas sobre discussões com o presidente Barack Obama.
As pastas, conhecidas como “livros pretos”, foram apreendidas pelo FBI na casa de Petraeus, no dia 5 de abril de 2013. Ele mentiu aos agentes dizendo que nunca tinha fornecido nenhum documento à Paula Broadwell.
Em um acordo de confissão, Petraeus pode evitar uma pena de prisão e deverá cumprir dois anos de liberdade condicional, além de pagar uma multa de US$ 40 mil. A confissão representa uma queda impressionante para o general aposentado, de 62 anos, que levou o exército norte-americano ao Iraque e ao Afeganistão e é considerado o mais admirado líder militar de sua geração. Nenhuma data ainda foi marcada para o julgamento.
Petraeus admitiu ter um caso com Paula Broadwell quando ele renunciou de seu cargo em novembro de 2012. Ambos se desculparam publicamente e disseram que o relacionamento começou depois que ele se aposentou do Exército dos EUA e começou na CIA.
Quando Petraeus se demitiu da CIA, ele assinou um documento afirmando que não possuía nenhum material em sua posse. Fonte: Associated Press.