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Exames confirmam mortes de 4 macacos por febre amarela em Vila Velha

Quem não tem contraindicação para se vacinar e ainda não foi imunizado deve procurar uma unidade básica de saúde em seu município para receber a proteção

Diante do cenário atual, a secretaria reforça a importância da vacinação Foto: ​Divulgação

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou mortes de macacos por febre amarela no Espírito Santo nos municípios de Aracruz e Vila Velha e novos casos em Vitória, Guarapari, Cariacica e Serra. Mesmo com confirmação na Grande Vitória, a Sesa ressalta que não há registro de transmissão da doença em humanos na área urbana, apenas em área de mata, como aconteceu com um morador de Cariacica

A Prefeitura de Vila Velha informou que até agora já são 4 mortes de animais ocorridas na cidade e confirmadas pela Sesa, na primeira quinzena de março. Por isso, o órgão vai intensificar ainda nesta semana o bloqueio preventivo para vacinação de pessoas que ainda não foram imunizadas contra febre amarela.

A Secretaria Estadual de Saúde também reforça a importância da vacinação, que está disponível em todas as cidades capixabas.Quem não tem contraindicação para se vacinar e ainda não foi imunizado deve procurar uma unidade básica de saúde em seu município para receber a proteção.

Os sintomas da febre amarela nos primeiros dias são semelhantes aos de gripe, mas é importante lembrar que se trate de uma doença grave, que pode complicar e levar à morte. Os sintomas mais comuns são febre nos primeiros sete dias e mal-estar. Diante de algum desses sintomas, a pessoa deve buscar atendimento médico. 

Contraindicações

A vacinação contra febre amarela segue critérios recomendados pelo Programa Nacional de Imunizações. O Ministério da Saúde alerta que, nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração da vacina deve ser condicionada à avaliação médica de risco-benefício e deve ser analisada caso a caso nas situações de surto da doença.

Também devem buscar orientação profissional as pessoas que têm histórico de reação alérgica a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos com proteína bovina) e pacientes com histórico anterior de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, ausência de timo ou remoção cirúrgica).

A vacina é contraindicada para:
– Crianças menores de 6 meses de idade;
– Pacientes com imunodepressão de qualquer natureza;
– Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave;
– Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores);
– Pacientes submetidos a transplante de órgãos;
– Pacientes com imunodeficiência primária;
– Pacientes com neoplasia;
– Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras);
– Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica);

Cobertura vacinal

Até o momento, foram distribuídas 3.332.030 doses da vacina contra febre amarela para todo o Espírito Santo. De acordo com informações enviadas pelos municípios, 2.635.731 pessoas já foram imunizadas, o que representa uma cobertura vacinal de 73,66% da população em todo o Estado. O esperado é que todos os municípios imunizem 100% de suas populações, respeitando os critérios de vacinação. Até o momento, oito cidades capixabas alcançaram essa meta e 33 municípios estão com mais de 80% de cobertura vacinal. Em outros 37 municípios, a cobertura vacinal está abaixo de 80%.

Febre amarela

A febre amarela silvestre é transmitida pela picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco infectado, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem. A forma silvestre da doença é endêmica nas regiões tropicais da África e das Américas.

Nas cidades, a doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue, da zika e da chikungunya. Pessoas que fazem ecoturismo ou que entram em matas por algum outro motivo correm o risco de serem picadas pelo mosquito Haemagogus infectado e contrair a doença. De volta à área urbana, essas pessoas podem ser picadas pelo Aedes aegypti e provocar a transmissão da doença dentro das cidades, o que não acontece no Brasil desde 1942.

Uma vez que a febre amarela no meio urbano é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, eliminar depósitos que possam acumular água é uma das medidas de prevenção. Por isso, é importante que a população escolha um dia fixo da semana para combater o mosquito em casa, e, assim, impedir a proliferação do vetor eliminando seus criadouros.