O Facebook anunciou novos termos de uso após uma reunião com parlamentares da União Europeia, nesta terça-feira (09), garantindo reformular tudo até o fim de junho. As modificações definem, por exemplo, que a empresa assumirá a culpa em caso de escândalo, como o da Cambridge Analytica, que se aproveitou do algoritmo da rede para lançar “fake news” durante a campanha de Donald Trump rumo a presidência dos Estados Unidos.
Com os novos termos de uso, nenhuma empresa irá utilizar dados de usuários do Facebook para manipular a opinião pública. Se isso acontecer, a própria rede social será responsabilizada por não interromper a ação.
A empresa também entrou em acordo para apagar todas as informações sobre um usuário e de seu banco de dados, caso ele desative o perfil e, após 90 dias, não tenha reativado. O Facebook mantinha tudo até os novos termos serem elaborados junto aos parlamentares da União Europeia.
Quanto aos anúncios personalizados que aparecem durante a navegação do usuário, o Facebook se comprometeu a ter maior transparência para explicar com detalhes como as informações publicadas na rede social interferem no que será anunciado em cada perfil.
Caso Cambridge Analytica
No começo de 2018 foi descoberto que uma empresa de análise de dados e comunicação estratégica, chamada Cambridge Analytica, utilizou dados dos usuários do Facebook para se aproveitar do algoritmo da rede. Assim, com divulgação de “fake news”, o então candidato Donald Trump se elegeu presidente dos Estados Unidos.
Foi a mesma empresa que forçou a votação para a saída do Reino Unido da União Europeia, na assembleia do Brexit. O Facebook, à época, se defendeu dizendo que não era responsável. Mas apurações comprovam que a empresa tinha conhecimento de tudo que foi feita para influenciar a opinião pública.