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Falta de troco pode ter motivado briga entre cobradora e passageira no Transcol

A Ceturb admite que o troco é um problema, porque é pequeno o volume de dinheiro que circula nos ônibus. 60% dos usuários pagam a passagem com cartão do Transcol

Cenas divulgadas pela Viação Santa Paula não registram a passageira tentando pagar a passagem  Foto: Reprodução imagens do coletivo

Passageiros da linha 508, que liga o Terminal de Laranjeiras, na Serra, ao Terminal de Itaparica, em Vila Velha flagraram uma briga entre uma mulher e a cobradora do ônibus, na última segunda-feira (08). A passageira foi detida após dar um soco no rosto da funcionária. Para a polícia, a mulher disse que o motivo da briga foi por falta de troco. Ela teria dado uma nota de R$ 50 e a cobradora não teria o troco e por isso a confusão começou. 

Mas a empresa do ônibus negou essa versão da passageira. Segundo a Viação Santa Paula, as imagens do coletivo não registram em nenhum momento a passageira mostrando alguma cédula para a cobradora. O motivo da briga foi a tentativa da passageira em pular a roleta, um problema que também é frequente nos ônibus da Grande Vitória. 

A Ceturb, agência que regula o sistema Transcol, admite que o troco é um problema, porque é pequeno o volume de dinheiro que circula nos ônibus. 60% dos usuários pagam a passagem com cartão do Transcol.

Segundo a diretora de operações da Ceturb, Rosane Gilbert, existem nos coletivos cartazes indicando que o troco máximo é de R$ 20 e que esta é uma orientação e não uma lei, nesses casos a conduta deve ser sempre favorável ao passageiro.

“Na existência de troco na gaveta, ele deve fazer o troco independente do valor da nota que for entregue para cobrança passagem. No caso da inexistência de troco suficiente na gaveta, a orientação é não cobrar e a pessoa desembarca pela porta dianteira”, esclareceu Rosane Gilbert.

De acordo com o sindicato das empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVbus), cerca de 100 mil pessoas pulam a roleta nos ônibus do sistema Transcol por mês, o que gera um prejuízo de R$ 250. Os motoristas e cobradores são orientados a não intervir para preservar a integridade deles e dos demais usuários. Para tentar inibir a prática, um modelo de roleta alta ainda está em fase de teste e, a princípio, é 60 centímetros mais alta que as comuns. Testes anteriores constataram que o modelo mais alto pode reduzir os pulos em até 60%.