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Família de menina achada morta em represa no ES em dezembro espera respostas

A madrinha de Maria Antônia Zimmermann Pereira contesta a hipótese de afogamento acidental e acredita que a criança de 4 anos tenha sido vítima de um crime

Foto: Acervo pessoal
Maria Antônia Zimmermann Pereira tinha 4 anos

Pouco mais de um mês depois, a família da pequena Maria Antônia Zimmermann Pereira, de 4 anos, encontrada morta em uma represa na cidade de Itaguaçu, na região Noroeste do Espírito Santo, ainda espera esclarecimentos sobre a morte da criança. 

Maria Antônia, que tinha uma irmã gêmea, foi encontrada morta na represa no dia 19 de dezembro de 2023, um dia depois de desaparecer enquanto brincava na casa da avó com a irmã gêmea, na zona rural do município. 

A família da criança ainda contesta a hipótese de afogamento acidental. De acordo com a madrinha Leidiana Rossmann, a menina foi vítima de um crime, uma vez que o local onde o corpo foi encontrado ficava a mais de 2 quilômetros de distância da casa da avó

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“Eu fui ao local do acontecido e, na minha opinião, não existe a possibilidade da Maria ter ido sozinha até aquela represa. É muito longe, é uma estrada difícil de percorrer com morro, pedras na estrada, pequenos córregos cortando a estrada, eu não acredito que ela foi sozinha”, afirmou. 

A madrinha diz também que se afastar dos familiares não era uma característica de Maria Antônia, que sempre se mantinha por perto da irmã e dos pais, ou dela própria, quando não estavam em casa. 

De acordo com ela, mesmo que a polícia afirme que se trata de um acidente, explicações serão necessárias, principalmente por conta da distância em que o corpo foi encontrado e o difícil acesso ao local. 

“Eu digo que mesmo que a polícia nos diga que foi acidente vamos querer que nos expliquem para entendermos, porque não conseguimos acreditar mediante a distância e a dificuldade de acesso”. 

Segundo Leidiana, a família de Maria Antônia ainda segue bastante abalada e tentando lidar com a perda. Moradores da região, que conheciam a menina, também cobram respostas da investigação. 

“A mãe, o pai e a irmã estão buscando ajuda psicológica para lidar com a perda. A comunidade também está cobrando respostas o tempo todo, ninguém esquece”. 

Familiares acompanham investigação 

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Maria Antônia foi encontrada morta a 2 quilômetros da casa da avó

Leidiana contou que laudos ainda não foram apresentados, mas que a polícia colhe depoimentos dos familiares e de pessoas que estavam próximas de Maria Antônia quando o desaparecimento aconteceu. 

Além disso, ela informa que o delegado responsável pelo caso esteve nos locais do desaparecimento e onde o corpo da criança foi encontrado para averiguações. 

“Porém, dizem que segue em segredo de justiça. Disseram apenas que estão investigando, que não está parado”, relatou. 

De acordo com Leidiana, a família de Maria Antônia está atenta às investigações e já conta com o apoio de uma advogada pública para poder acompanhar os fatos de perto. 

“Inclusive, já foi acionada uma advogada pública tem uns dias por parte da família para acompanhar mais de perto a situação e cobrar mais da maneira correta e jurídica”, disse. 

Polícia diz que detalhes ainda não serão passados

A reportagem do Folha Vitória entrou em contato com a Polícia Civil para obter informações sobre as apurações da morte de Maria Antônia.

A polícia encaminhou uma nota informando que “as investigações e as diligências da delegacia de Itaguaçu estão em andamento e detalhes da investigação ainda não serão divulgados”.

Relembre o caso

Maria Antônia desapareceu enquanto brincava na casa da avó, na zona rural de Itaguaçu. Ela estava na casa da idosa acompanhada pela irmã gêmea, no dia 18 de dezembro de 2023. 

As buscas pela criança mobilizaram o Corpo de Bombeiros, uma equipe do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Secretaria da Casa Militar (Notaer-ES), que realizaram incursões aéreas e por terra, além de uma multidão de moradores da cidade. 

O corpo de Maria Antônia foi encontrado um dia depois em uma represa a cerca de dois quilômetros de distância de onde ela havia sumido, em uma área de difícil acesso. 

Inicialmente, o caso foi tratado como afogamento, mas a família da criança pediu que investigações fossem iniciadas para solucionar o caso. 

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