A família do estudante Robson Amorim de Freitas, de 32 anos, desaparecido desde o dia 23 de janeiro na França deve ir para o país europeu para ajudar nas buscas pelo capixaba.
O rapaz, natural de Ibatiba, no Sul do Espírito Santo, está fora do Brasil para estudar. Ele foi para a Irlanda há aproximadamente 2 meses e tinha planos de passar um ano estudando inglês. O estudante está desaparecido desde o dia 23 de janeiro e foi visto pela última vez no Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle, na França.
Em entrevista ao programa Fala ES, da TV Vitória/RecordTV, os irmãos do estudante, Pedro Henrique de Amorim e Cyntia de Freitas Amorim Silotti, disseram que a família tem conversado sobre esta possibilidade.
“Estamos conversando sobre irmos para a França para ajudar nas buscas”, disse Pedro, durante a entrevista na TV Vitória.
A família contou, também, que está em contato constante com o Consulado Brasileiro, na França.
“O consulado nos liga, nos falamos por aplicativo de mensagem e por e-mail. Eles nos orientam sobre quais os possíveis lugares nas ruas onde ele possa estar e orientam quem está na busca em Paris”, disse Cyntia.
Durante a entrevista, os irmãos contaram, ainda, que também estão mantendo contato com a polícia francesa, com o comandante que está liderando as buscas e com a polícia de desaparecidos na França.
Além disso, a família conta com a ajuda de imagens que chegam por um aplicativo de mensagens.
“Chegam imagens o tempo todo e pedimos que as pessoas enviem. Mas, até agora, em todas as imagens há pessoas desconhecidas. Não é o nosso irmão”, relatou Pedro.
Porém, uma das imagens, que pode vir a ser de Robson Amorim de Freitas, ainda não chegou até a família.
“Sabemos que há um vídeo, do dia 28 de janeiro, em que viram um rapaz, segurando um passaporte, pedindo ajuda em inglês e falando que é brasileiro. Ainda não vimos estas imagens, mas 99% de chances de que seja ele. Só que ainda não tivemos acesso ao que essa câmera gravou”, acrescentou Pedro.
Prioridade
Os irmãos disseram que, neste momento, a única prioridade é encontrar Robson e que as questões burocráticas estão sendo resolvidas por aplicativos de mensagens e por e-mail.
“Cada um de nós tem as suas obrigações, seu trabalhos, mas, neste momento, abdicamos de tudo para localizar o nosso irmão”, disse Pedro
Sobre o tempo em que o estudante desapareceu, Cyntia disse que os dias têm sido angustiantes. “Parece que vivemos sempre o mesmo dia, que ainda estamos no dia 23. Acreditamos e temos fé que vamos encontrar nosso irmão”.
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Em relação ao motivo, do desaparecimento, a família acredita que Robson teve uma crise.
“Achamos que ele teve um surto psicótico, uma crise de transtorno de ansiedade que evoluiu para síndrome do pânico. Acreditamos que ele ainda está em surto. Essas crises já aconteceram antes, mas em casa”, lembrou Cyntia.
Buscas
Mais de 400 pessoas foram às ruas neste domingo (6), em Paris à procura do capixaba. Segundo a irmã do jovem, o mutirão foi organizado por brasileiros que moram no país europeu. Eles fizeram um grupo em um aplicativo de mensagem para organizar o ato e ajudar nas buscas pelo jovem.
Após o desaparecimento do estudante, a família foi informada que ele foi levado pela polícia do Aeroporto-Charles de Gaulle, em Paris, onde foi visto pela última vez, para um hospital da cidade.
O rapaz passou a noite no local e foi liberado na manhã do dia 24, com o passaporte e o celular, mas o aparelho estava sem bateria.
Para ajudar a família a encontrar o rapaz, pessoas que vivem em Paris, de diferentes nacionalidades, continuam colando cartazes pelas ruas da cidade com fotos do estudante e telefones de contato.
A informação de que Robson foi levado do Aeroporto-Charles de Gaulle para um hospital surgiu por meio da ajuda de uma advogada francesa, que se solidarizou com o caso e, mesmo sem ser contratada pela família, procurou a polícia e o aeroporto para obter dados.